quarta-feira, 15 de março de 2017

O Julgamento começa agora com a casa de Deus (6)

É a desassociação uma provisão amorosa do Criador?


Antes de respondermos isso, é preciso primeiro entender o que é desassociação, e o que A Palavra de Deus fala a respeito desse assunto. 

É de suma importância afirmar que toda "ordem", toda família, e toda sociedade precisa de disciplina. A disciplina é vital para o endireitamento das coisas. Onde não há disciplina há desordem e toda coisa ruim. - Tia. 3:16. 

Visto que somos imperfeitos, é importantíssimo que fiquemos debaixo de disciplina, disciplina esta que trás liberdade é claro, não a disciplina que escraviza, que mais causa dor do que ensina. Não, não é essa disciplina a que me refiro, mas a que a Palavra de Deus se refere. - He. 12:11. 

Algumas religiões têm ensinado que "a desassociação" é uma disciplina amorosa promovida pelo Criador Jeová, que visa nos ajustar e nos achegar ainda mais à Ele. 

Isto suscita várias questões como: É Jeová o promotor desta doutrina? 

Foi Ele quem instituiu a "desassociação"?

Depois do sacrifício de Cristo, esse foi o meio mais amoroso e justo que Jeová achou para nos reconciliar consigo mesmo e para que entendêssemos que Jeová é Amor? 

Essa prática ( "a desssociação" ) tem honrado o nome de Jeová? 

Será que essa prática tem atraído mais pessoas do que repelido? 

Há registro de que os Cristãos do primeiro século exerciam essa prática? 

Será que o próprio Cristo ensinou essa prática de "desassociar"?


Ao passo que todos nós conseguimos pregar facilmente a respeito do amor e do nome de Deus logo de início, muitos não conseguem incluir o amor de Deus nesta doutrina.

Por que será? É essa uma doutrina de Deus ou uma doutrina de homens? 

Atente por favor à essa carta e tire suas próprias conclusões à base da Palavra de Deus, e não de homens. Mas antes, vamos à primeira pergunta:

O que é a desassociação?


Desassociação significa excomunhão; "deixar de pertencer a uma sociedade; perder o vínculo com; ser expulso de uma fraternidade, família ou Organização. Ou pode ainda representar a perda dos vínculos mais importantes, seja de caráter moral, étnico, social, político ou religioso".

Há vários tipos de desassociações seja do tipo temporário ou permanente. Infelizmente a desassociação ganhou caráter pejorativo de ostracismo religioso entre alguns grupos religiosos. Mt. 23:4.

A desassociação agora é sinônimo apenas de desprezo e crueldade entre as Testemunhas de Jeová pois foi assim que as Testemunhas de Jeová aprenderam. Elas foram ensinadas a não falar nenhuma palavra com alguém que foi "desassociado" ou mesmo dissociado do grupo conhecido religiosamente como Testemunhas de Jeová. Ro. 10:2. Por essa razão, vou usar aspas sempre que me referir à esse tipo de desassociação.

Estamos tratando aqui nesse estudo sobre a disciplina na congregação Cristã,  mas antes de considerarmos esse assunto do ponto de vista Cristão, vamos dar uma pincelada no Israel antigo.

A disciplina no Israel antigo



A lei que fora dada à nação de Israel era perfeita e serviu para expor a dependência e consciência de um resgate. (Sal. 19:7,8) Mesmo aqueles sacrifícios serviram para isso. O povo era imperfeito e Deus deu uma lei perfeita ao povo. Jeová deu leis específicas ao povo para que o povo não morresse, pois estávamos condenados à morte antes do sacrifício de Cristo. - 2 Co. 3:6; Gál. 3:10.

Havia também outras leis específicas que conduziam à morte daquele que não quisesse obedecer, como por exemplo o caso do homem que foi morto pelo pecado de ajuntar gravetos no sábado. (Núm. 15:32-36) O salário pelo pecado é e era a morte, mas Cristo nos livrou. Os sacrifícios de animais não cobriam pecados expressos e deliberados contra a lei como no caso de Acã, entre outros que foram punidos com a morte. - Jos. 7:20-26.

A questão na lei Mosaica, não é que estava se aplicando a "desassociação" no modo como é definida hoje. Não é que a punição naquela época era uma disciplina mais dura do que a desassociação de hoje. Não existia desassociação. Aquilo não era uma questão de "desassociação" como repreensão para o pecador, era uma questão de ser declarado justo pelo Criador, era uma questão de merecer a vida ou a morte. - Êxo. 21:12:14-17, 20-25; Deu. 30:19,20.

Naquela época, Deus deu a oportunidade do povo ser declarado justo por meio de obras, somente para apresentar evidências de que o homem não consegue, e nunca conseguiria alcançar tal justiça por meio de obras. Sim, para mostrar que o povo necessitaria de um Redentor. Ao mesmo tempo para dar esta oportunidade ao povo, de cumprir toda a lei caso eles acreditassem que poderiam, como no caso dos líderes religiosos que achavam isso. - Jo. 8:33,34.

Aqueles sacrifícios serviam para conscientizar ainda mais o povo de seus pecados. Então, o povo estava vivo assim como hoje, por misericórdia, pois se Deus não provesse todas aquelas coisas que tipificavam à  Cristo para eles, todos estariam mortos. - He. 9:22,23. Compare com Levítico 9:7-21.

Então a pena de morte executada no povo, não era porque a "desassociação era mais pesada" do que hoje, não tem nada a haver uma coisa com a outra. Era porque não haviam sido declarados justos por Deus, e eram merecedores da morte, pois o único modo de sermos declarados justos, e de vivermos, é por meio da fé em Deus. Por isso a exigência da justiça divina clamava pela morte do pecador. - Ro. 3:20.

Uma vez pago essa dívida, não estaríamos mais sujeitos a essa escravidão. Então, não é que o Criador simplesmente abrandou a disciplina. Aquilo era uma questão de simplesmente o Criador não poder eliminar a dívida do povo naquele momento, naquele tempo específico. - Gál. 3:11.

O que o Criador mais queria era acabar de uma vez por todas com aquela dívida, podemos ter certeza disso! Tudo aquilo que foi feito foi necessário. Por outro lado, não significa que até mesmo alguns que foram mortos pela mão de Deus, não terão uma oportunidade pela benignidade imerecida de Cristo quando forem ressuscitados no Paraíso. 

O sacrifício de Cristo é tão poderoso que ele cobre até mesmo pecados passados; do contrário, em que base os profetas e muitos Judeus serão ressuscitados?
- Mr. 12:26,27.

O sacerdócio ficou sujeito à cumprir a desassociação?


E no caso de Arão; por que Deus deu ordem para que Arão não ficasse de luto pelo próprio filho? Não seria isso uma disciplina severa? - Le.10:6.

Na realidade não. Isso não era uma disciplina, mas uma particularidade cerimonial da lei dada aos Sacerdotes. 

Todos os que ocupassem o ofício de Sacerdote estavam sujeitos à essa lei. Eles foram advertidos a não se poluírem por um cadáver, mesmo que fosse o de seu pai ou sua mãe. Também não deviam deixar a cabeça ficar desgrenhada, e não deveriam rasgar as próprias vestes. Veja Levítico 21:10-12. 


Veja a incoerência no relato caso se tratasse de um caso de disciplina, quando se diz que embora Arão não pudesse chorar por seus filhos, mas a nação toda poderia. Se fosse um caso de "desassociação, a lei não seria para todos?

Infelizmente alguns tem se aproveitado desse texto isolado de Levítico 10:6 para dar apoio a uma doutrina que não tem apoio nas páginas da Palavra de Deus, e ainda tem insinuado que Jeová ordenou que Arão não ficasse triste; a fim de dar suporte à uma suposta base bíblica que ensina à não ficarmos tristes caso alguém seja desassociado. A realidade é que Jeová em momento algum ordenou que Arão não ficasse triste. Não há registro algum a respeito disso. Seria  um tanto amoroso ou coerente Jeová exigir isso? 

Não, na realidade o relato mostra que em vez de Arão, quem deveria "chorar por enterrá-los" eram seus irmãos (Lev. 10:6 p B) { Chorar aqui se refere à chorar por enterrar ou acompanhar todo o processo até o momento do enterro. Veja Gênesis 23:2; 37:35. Compare com Zacarias 7:3}, e isso se dava não porque Jeová  estava dando vazão à sua indignação ou porque Nadabe e Abiú não eram mais dignos de um enterro decente, [ pelo contrário, quem não fosse digno é quem realmente não tinha o direito de ser enterrado. Veja Jeremias 16:6; 2 Reis 9:33-37 ], mas pelo simples fato de que Arão tinha o dever de permanecer no Santuário. Ele não deveria sair dali e não deveria profanar o Santuário assim como seus filhos fizeram. Veja Levítico 21:12.

E no caso de Ezequiel no capítulo 24:16, Jeová não ordenou que ele sequer derramasse lágrimas pela sua própria esposa? A resposta é sim e a explicação está no próximo versículo, no 17 onde mostra que Jeová se referia ao luto habitual em público - o mesmo luto que Arão deveria se abster a fim de preservar a prerrogativa dos Sacerdotes, e não ao luto solitário com muitas lágrimas que é o que realmente aconteceu como mostra esse mesmo versículo 17. Leia por favor.

( w 14  15/11 pp 15-20 ).

E quanto a Adão, Adão foi desassociado?



O registro bíblico mostra que Adão ficou sujeito a uma disciplina ao ser expulso do Paraíso. - Gên. 3:17-19, 23.

 Evidentemente Adão e Eva foram expulsos do Paraíso para que não comessem indignamente da árvore da vida, mas não necessariamente porque pecaram. Caso não houvesse árvore da vida alí, e eles se arrependessem, e se voltassem para Deus pedindo perdão, é provável que nem fossem expulsos do Paraíso. - Sal. 130:3,4.

 Mas devido a jogarem a responsabilidade da culpa sobre os ombros de Deus e da serpente, em vez de assumí-la, evidenciando assim falta de arrependimento, conseguiram um segundo motivo, (independentemente de haver árvore da vida alí ou não) para não merecerem viver no Paraíso.



A expulsão de Adão e Eva do Paraíso não pode ser comparada com a "desassociação" que é realizada hoje especialmente pelas Testemunhas de Jeová.

Por que não?




Adão havia se mostrado totalmente egoísta, e a mulher ambiciosa. Ambos deram as costas ao amor de Deus, mas ainda assim o Criador no seu infinito amor deixou uma porta aberta para arrependimento, reconciliação, aliança, e perdão.


Deus proveu dois querubins que guardavam o caminho para a árvore da vida, evidentemente porque Deus aguardava o arrependimento sincero de Adão e Eva. Se não fosse assim, Deus teria destruído a árvore da vida em vez de preservá-la, ou a teria tirado dali e a teria plantado em outro lugar. Em outra ocasião poderemos falar um pouco mais sobre a árvore da vida.


Adão e Eva teriam acesso à esses anjos se um dia professassem arrependimento. Esses querubins simplesmente não foram ao Paraíso para impedir que Adão e Eva comessem da árvore da vida. Não, mas foram para lembrar-lhes de que o ministério da reconciliação estava de pé, e que eles seriam bem vindos caso desejassem fazer parte novamente da família de Deus. - Gên. 3:24.

É possível e triste se for assim embora não possamos afirmar nem tenhamos certeza, que nem Eva, nem Adão se arrependeram embora o Criador os tivessem esperado até o último dia - o dia em que eles morreram.


Jeová não havia fechado a porta de comunicação entre o homem e Ele. Deus proveu os querubins. Esses querubins eram um convite do Criador à reconciliação. Eram de fato uma provisão amorosa. Qual é o Pai que deseja ver seus filhos apartados de sí? É mais vantajoso para um Pai amoroso, receber de volta um filho que pecou, ou expulsá-lo de diante da sua face para sempre? - Is 1:18.


Quem é Pai e sabe o que é amor sabe responder isso. E é por isso que até mesmo aos anjos que se tornaram demõnios, foi estendido o ministério da reconciliação. Deus proveu à eles um resgate para que pudessem fazer parte novamente da família dos anjos.

O ministério da reconciliação



Deus proveu o ministério da reconciliação por meio de uma Administração para anjos e humanos. Col. 1:23.

Efésios capítulo1, na parte A do versículo 9, e o versículo 10 diz: Segundo o seu agrado, Ele mesmo determinou o propósito de estabelecer uma administração quando se completassem os tempos determinados, para reunir no Cristo todas as coisas, as coisas nos céus e as coisas na Terra, sim, nele.

Isso ocorreu quando Cristo entregou seu corpo espiritual de anjo como resgate em troca de todos AO MORRER COMO HUMANO. 

Cristo morreu, foi ressuscitado, e foi pregar para que esses espíritos retornassem à família dos anjos, se somente quisessem. - 1 Pedro 3:19.


Assim, se poderia ajuntar todas as coisas no Cristo, as coisas nos céus o que inclui os (que haviam se perdido e estavam em escuridão - os demônios), também os ungidos APÓS DAR INÍCIO A ADMINISTRAÇÃO, e as coisas na Terra - os humanos. Veja Ef 1:19,20; Col. 1:19,20.

Entenda como o resgate beneficiou a anjos.



Paulo disse em 1 Timóteo 2:6 que sobre isso ( o resgate ) se havia de testemunhar nos próprios tempos determinados. Esse tempo já chegou!


Gênesis 6:1-8; 1 Timóteo 3:16; 1 Pedro 3:19,20; 2 Pedro 2:4 e 1 Timóteo 3:16, declaram que houve um tempo durante a época de Noé, quando se construía a arca, que os anjos não mais conservaram a sua própria moradia correta, mas a abandonaram e mantiveram um relacionamento sexual desnatural com os humanos. 

A paciência de Jeová esperava nesses dias, até que foram entregues à correntes eternas e em profunda escuridão. Esses anjos fizeram mais coisas, mas a Bíblia não entra em detalhes.

Serem esses anjos entregues à correntes eternas e à densa escuridão significa que receberam um julgamento condenatório?



Não, não é isso o que se quer dizer. Entregá-los a correntes eternas ou à covas de profunda escuridão significa que foram entregues à correntes eternas de pecados e a densa escuridão de coração que é o mesmo que o Tártaro. Veja 2 Pedro 2:17.

Significa que Jeová deu uma trégua para sí mesmo no que diz respeito a procurá-los. Significa que Jeová os entregou, ( os deixou ir em busca do pecado ). 

Essa expressão é semelhante ao caso do fornicador em Corinto a qual Paulo usa uma expressão similar. Paulo diz para entregarem tal homem à Satanás, evidentemente querendo se referir ao mundo de Satanás, já que era isso o que aquele homem queria naquele momento. - 1 Co. 5:5.

Essa expressão que Paulo usou, evidentemente não condenava tal homem à destruição eterna, tanto é que mais tarde ele pôde se arrepender e conviver novamente com os irmãos. - 2 Co. 2:8.

Jeová desistiu por um tempo de tentar reconciliá-los até uma outra oportunidade, visto que tais anjos não queriam a reconciliação. Até o Cristo vir, Deus não mais faria nenhum convite insistente para que eles recuperassem a luz. 

Enquanto se construía a arca, Deus os chamava. Após isso, Deus parou de chamá-los, mas os puniu, de modo que não mais poderiam materializar corpos carnais.

Depois que Cristo forneceu um resgate à todos os anjos, Jeová foi lhes apresentar a sua última esperança - o resgate de Cristo. Isto ocorreu quando Cristo foi pregar aos espíritos em prisão. - 1 Pe. 3:19.

Os céus ficariam abertos para essas criaturas caso valorizassem o sacrifício de Cristo e ficassem prontos como criaturas santas e perfeitas antes da guerra que se irromperia nos céus, e que tudo indica que começou em 1914.

Efésios 1:10 e Colossenses 1:19,20 diz que Deus se propôs estabelecer uma administração nos plenos limites de tempo. 

Essa administração entrou em vigor provavelmente em 1914 na qual os anjos desobedientes deveriam estar prontos quando chegasse essa data. É bem provável que muitos deles tenham ficado prontos e aceitado a mensagem da reconciliação.


Como se deu o resgate tanto para homens quanto para anjos?


A vida de Cristo como anjo nos céus foi transferida qual espermatozoide para o ventre de Maria. (Mateus 1:20) Cristo não morreu nesse momento como anjo. Não, o que houve foi um esvaziamento. Uma transformação de um anjo. Jeová fez um milagre. Ele comprimiu o Cristo num espermatozoide. (Fil. 2:7) Lembrem-se do que Einstein disse: Energia é igual a matéria.

Depois que Cristo se esvaziou, Ele veio à Terra, todo o sofrimento que Cristo passou na Terra e inclusive a sua morte, seria o que ele passaria como anjo até a morte. Mas não era necessário Cristo sofrer duas vezes. (He. 9:25) Quando Cristo morreu como humano, nesse dia Ele morreu tanto como homem quanto como anjo. Foi uma morte só, um só sofrimento, apenas um resgate. - He. 9:28

Deus havia transformado à Cristo - um anjo, num espermatozoide, de modo que quando Cristo morreu na Terra - ele morreu como anjo e como humano. Foi por isso que ele só foi pregar aos espíritos em prisão após a morte e ressurreição. 

Quando ele morreu na Terra, ele não era mais um anjo com seu corpo de anjo, nem um homem com seu corpo de homem. 

Independentemente do modo como Jeová achou apropriado fazer a transformação no Cristo, o fato é que Cristo morreu tanto como anjo quanto como homem, e forneceu um resgate por todos, tanto para homens como para anjos. - Col. 1:14.

No dia em que esta administração entrou em vigor, que foi evidentemente em 1914,  alguns anjos que haviam sido desobedientes tiveram a oportunidade de apoiar esta administração ( de Jeová ajuntar todas as coisas no Cristo ) por lutar a favor da Soberania Universal. 

Estes anjos que assim lutaram, já haviam recuperado a sua condição de perfeitos, e foram os primeiros a serem ajuntados no Cristo após a pregação que Cristo fez à eles. Leia por favor Apocalipse 12:7-12.


Então o Cristo veio, e a luz podia brilhar para eles novamente.


Embora não pudessem ser completamente reconciliados quando Deus realizou o primeiro convite durante o dilúvio, pois dependiam de um resgate, certamente que estariam numa condição mais segura e mais perto da salvação caso aceitassem ser orientados pelo Criador novamente. - Ro. 13:11.

Então Jeová enviou o Cristo para apresentar à eles novamente a oportunidade de serem reconciliados com Deus. Dessa vez Cristo veio lhes apresentar o resgate como dádiva de reconciliação para ver se de algum modo poderia ganhar alguns deles. Se agarrassem essa oportunidade, seriam admitidos novamente na família dos santos anjos.

Embora o estado degradante deles fosse terrível, e o nível de escravização ao pecado deles fosse muito grande, e eles fossem semelhantes a sociopatas, alguém afirmar que um filho perfeito, celestial ou humano que pecou, nunca poderia ser considerado por Deus como digno de arrependimento e de perdão, é um julgamento típico de humanos que facilmente julgam coisas que não entendem, nem competem à eles, mas à Deus.


Até mesmo Satanás teria a oportunidade de consertar o estrago que fez se se arrependesse enquanto teve tempo. Isso é demonstrado pelo modo como Jeová o tratou na época de Jó. (Jó 2:3) Tudo indica que após Satanás preparar seu exército rebelde e o ataque à Soberania universal, e serem expulsos dos céus em 1914, foi fechada a porta do arrependimento para eles. Agora, aguardando somente o julgamento executório.

O que esses relatos nos mostram?



Que Jeová é realmente paciente. Que Ele como Pai não deseja perder nenhum filho.
Que Ele faz grandes sacrifícios para restaurar o amor. Que Jeová luta pelo amor de seus filhos até quando não houver mais esperança. Que como o Supremo Pastor, Ele vai realmente em busca das suas ovelhinhas até encontrá-las. Que Jeová nunca desiste delas! - 2 Co. 5:18-21.


Portanto a disciplina que foi dada à Adão que embora foi perfeito, é diferente da desassociação realizada especialmente pelas Testemunhas de Jeová.

Por que?


Porque Jeová manteve a comunicação com Adão por meio dos querubins.


( 1 ) O fato de Jeová não visitar mais Adão como fazia por volta da viração do dia, não era porque não mais quisesse fazer isso, mas porque o homem havia se afastado da glória de Deus, e nunca quis reatar seu relacionamento com o Criador. Visto que não há um registro do arrependimento de Adão e Eva, concluímos com isso que eles não se arrependeram, embora Deus seja o juiz final da história deles. - Gên. 3:8.

Ainda assim, pela misericórdia, a Palavra de Deus mostra que Deus se comunicava com seus profetas por causa da fé e obediência deles, e certamente poderia se comunicar com Adão, se ele realmente quisesse, embora nenhum ser humano na sua condição imperfeita seja digno disso. - Núm. 12:8.



( 2 ) A expulsão de Adão do Paraíso, não foi devido ao pecado em sí, mas ao fato de não se lhes permitirem comer da árvore da vida, e de Adão jogar sua culpa em outro. Nisso foi revelada sua iniquidade. Observe que Adão foi expulso do Paraíso, não do convívio com o restante da humanidade.


( 3 ) Embora fossem iníquos, Jeová fez uma proclamação durante o tempo de vida de Adão para que eles se arrependessem. E essa proclamação era: "Voltem para mim e comam da árvore que eu preparei para vocês". Essa proclamação foi feita pelo simples fato de Deus preservar a árvore da vida e colocar os Querubins.


( 4 ) Jeová não pediu para que qualquer outro servo seu deixasse de falar com Adão, não pediu para Abel, nem para qualquer outro, se o fizesse, teria fechado a única porta de reconciliação - a comunicação. Era importante porém algum filho de Adão tentar lembrá-lo do amor de Jeová, e por essa razão Deus não os privou da comunicação.



Entendermos o modo como O Criador agiu no passado ao disciplinar seus filhos pode nos dar uma base para entendermos a disciplina Cristã - a disciplina pela qual nós os que somos filhos da liberdade, estamos debaixo.

Como deve infuir em nossas vidas o conceito sobre disciplina? Precisamos estar ou não sob disciplina? Que tipo de disciplina? "A desassociação?"

É a desassociação uma disciplina Cristã que mais tarde foi continuada por intermédio dos apóstolos? 

Foi realmente Cristo que instituiu a desassociação? Vejamos.


O apóstolo Paulo relata na sua carta aos Coríntios no capítulo 5:1-13, um caso de flagrante fornicação, fornicação descarada como nem era costume haver entre as nações, que um homem tivesse por esposa a de seu Pai. Esse não era um caso comum de fornicação não só porque era a esposa do Pai dele, mas também porque tal homem estava fazendo isso abertamente, e assim dava mal testemunho sobre o nome de Deus, sobre a congregação, e sobre sí próprio. - Ef. 5:3,4.

Este fornicador em Corinto tinha feito morrer o Cristo no seu coração, e estava espiritualmente morto. O espírito de santidade não habitava mais nele, e assim ele não poderia mais repartir o Cristo que ele não tinha no coração. Este homem havia parado de cear o Cristo por dar vazão ao pecado, fazendo do pecado uma prática. - Ro. 6:12.

A atitude dele era tão séria que ele estava sendo um fermento na congregação por exercer uma influência corrompedora. O caso desse fornicador é diferente de alguém que caiu na fornicação e se levantou, e passou a cear o Cristo novamente. - 1 Co. 5:6.

O caso dele era corrompedor por pelo menos três motivos: ( 1 ) Ele colocava toda a congregação como cúmplice do pecado dele por fazer isso na frente de todos como se fosse algo normal. ( 2 ) A atitude dele era um incentivo a fazer o mesmo. Ele poderia corromper os mais jovens e incautos. ( 3 ) A atitude dele também era um mal testemunho para com os de fora, poderia corromper o ensino do Cristo e servir de pedra de tropeço para alguém que realmente quisesse se tornar Cristão.

Então, a atitude desse homem era diferente de alguém que cometeu fornicação, mas por se arrepender não fez da fornicação uma prática. (1. Co. 6:18) Era diferente também de qualquer pessoa que não quisesse tornar pública esta prática. O fornicador em Corinto pelo visto não se importava com a influência e repercussão do seu pecado.


Como a congregação em Corinto tratou desse caso? O que eles fizeram? Eles repreenderam ou "desassociaram" aquele transgressor?


 No versículo 3, Paulo diz que ele já tinha julgado aquele irmão transgressor. Será que Paulo se referia à um julgamento condenatório?

Evidentemente que não. Paulo tinha entregado tal homem ao julgamento prescrito para os fornicadores. Esse era um julgamento repreensivo, não condenatório. Era um julgamento que visava um ajustamento tanto para a congregação como para o transgressor.

Àquele homem não havía deixado opção para a congregação e deveria sofrer uma disciplina como forma de tratamento espiritual.

No versículo 2 do capítulo 2 da segunda carta aos Coríntios você pode entender como deveria se iniciar esse tratamento. Paulo chama a atenção da congregação ao lembrar-lhes que eles ao menos deveriam prantear, ou ficarem de luto.

A disciplina Cristã era formada por três estágios.


Quando alguém cometia um pecado sério, como primeira medida a ser adotada, o irmão ou irmã que presenciou o ato e se entristeceu por ele deveria conversar com o irmão infrator tendo como objetivo levá-lo ao arrependimento. Caso não se conseguisse resultados positivos, como segunda medida alguns irmãos  se entristeciam e tentavam ajudá-lo por tentar levá-lo à reflexão dos seus atos e ao arrependimento. Concedia-se tratamento ao transgressor. Se ele respondesse bem ao tratamento dos irmãos qualificados, não seria necessário a congregação saber do ocorrido e toda a congregação entrar em luto por causa dele.

A congregação entrava em luto quando percebia que o transgressor estava morrendo para Cristo. Era inevitável que a congregação não soubesse pois é inevitável que um membro sofra e o corpo inteiro não ficar sabendo ou não ser afetado.

Se o transgressor também não respondesse ao luto, era adotada uma última medida de disciplina, os irmãos paravam de se associar com o transgressor com o objetivo de fazer o transgressor recobrar o bom senso e parar a prática do pecado, e fazê-lo se arrepender.

Estes estágios estão em harmonia com as palavras de Cristo em Mateus 18:15-17. Como primeira medida a ser adotada falava-se primeiro com o irmão que cometeu a falta. Após isso, caso não houvesse solução chamava-se mais um ou dois. Por último falava-se à congregação para que toda a congregação soubesse o que fazer com aquela parte do corpo que poderia trazer dano ao corpo todo.

O próprio Cristo expressou seu luto por Jerusalém após várias tentativas de tentar reconciliá-los. Veja Lucas 19:41,42.

Esse conselho de Cristo se aplica tanto à faltas pessoais que envolvam dois ou três, quanto à faltas coletivas, visto que um membro do corpo não pode esperar que suas ações no corpo do Cristo não possam afetar os outros membros. - 1 Co. 12:26.

Eles tratavam aquele membro "morto" como um membro inativo no corpo do Cristo. Então, esta última medida adotada pela congregação era um sinal de que os irmãos estavam tristes e magoados no coração. Em última instância o único que poderia decidir pela amputação de tal membro seria a cabeça do corpo que é Cristo, e isso só acontecerá no último dia. Efésios 4:15.

Esse último estágio de disciplina era para pessoas que se mostravam iníquas, além de ajuda. Essas pessoas não deveriam ser perdoadas a menos que se arrependessem. O arrependimento delas era evidenciado quando professavam isso no coração e mudavam de proceder. - 1 Co. 6:9,10.

Primeiro os irmãos deveriam expressar tristeza pela situação ocorrida assim que soubessem do problema. Eles deveriam demonstrar que estavam tristes pelo fato do irmão persistir num erro em troca do verdadeiro amor do Cristo que era manifestado também pela companhia daqueles que realmente ceavam o Cristo. - 2 Co. 6:1,2.

Por que era necessário que os irmãos demonstrassem verdadeira tristeza diante do ocorrido?


O objetivo era que o fornicador percebesse que sua conduta afetava à Cristo, que a sua conduta realmente entristecia aos irmãos, e que ele estava trocando o convívio com irmãos amorosos semelhantes à Criançinhas inocentes, por uma conduta maldosa, desavergonhada, e que conduziria a perda do relacionamento tanto com o Pai quanto com o Filho. - Ef. 5:5.

Se ele persistisse nesse proceder e abusasse da benignidade imerecida até o final de sua vida, na realidade o que ele armazenaria para sí seria julgamento e ira e condenação. Por essa razão, Paulo alertou à todos, tanto a congregação como o fornicador, para ver se poderia salvar à todos. - He. 10:26.

O apóstolo Paulo certamente que não sentia nenhuma honra em repreender alguém. Pelo contrário, ele se condoía ao saber que alguns haviam pecado e não haviam se arrependido. Ele até chorava, ele pranteava pois era como perder um filho. Por isso ele disse: Talvez o meu Deus me humilhe. Paulo não queria perder nenhuma ovelhinha por isso ele se humilhava em lágrimas. - 2 Co. 12:20,21.

É por isso que os que servem como "pastores" devem perguntar a sí mesmos: É realmente necessário a "exclusão"? Será que colocá-lo em observação não é suficiente?

Será que não bastaria afastá-lo das atividades que fazem com que ele "ceie o Cristo" aos irmãos por se mostrar indigno?

É um assunto de muita seriedade "julgar" assuntos que envolvem o pecado, pois envolvendo o pecado também envolve vidas pois vidas estão em jogo. Por ser um assunto de séria responsabilidade, pode também acarretar prejuízos significativos tanto à quem serve como escravos do pastoreio como a cada membro que se encontra fazendo um julgamento, caso o julgamento ultrapasse o ensino do Cristo. - 1 Co. 4:6.

E é por essa razão que Cristo disse em João 8:15,16: Vocês julgam segundo a carne. Eu não julgo a ninguém, ou seja: Eu não condeno a ninguém. E contudo se eu julgo, o meu julgamento é verdadeiro. 

Portanto este texto é bem claro em afirmar que Cristo não se apressava em julgar ninguém, e caso fosse necessário julgar, seria no devido grau, e seu julgamento não proviria Dele, mas do Pai.

Agora pense: Se Cristo que é Cristo, não se apressava em julgar ninguém, que dizer dos humanos? Não devem fazer o máximo para salvá-los? - Jo. 12:47.

Mesmo que um irmão muitas vezes venha arrependido pedindo perdão temos de perdoá-lo, disse o Cristo. É evidente que no verdadeiro arrependimento há um esforço considerável para se manter distante do pecado. Assim Cristo ensina o verdadeiro perdão. - Lu. 17:3,4.


No versículo 4 e 5 da sua primeira carta aos Coríntios Paulo aconselha aos irmãos à entregarem tal homem  à Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no dia do Senhor. 

O que será que Paulo quer dizer com essas palavras? 

Será que Paulo está ordenando que os irmãos entreguem tal homem a fim de que ele pertença à Satanás como sua propriedade?


Não, não é isso, e não precisaria ser isso. Paulo se refere ao mundo de Satanás. Visto que aquele homem queria voltar ao mundo de Satanás para realizar os desejos do corpo e não mais respeitava o ensino sadio do Cristo, Paulo aconselhou aos irmãos para que o entregassem ( o deixasse ir ) ao mundo de Satanás para fazer a vontade dele. - 2 Ti. 2:26.

Essa expressão "entreguem tal homem à Satanás" transmite a ideia de que os irmãos deveriam desativar aquela parte "morta" do corpo, mesmo que isso causasse muita dor às outras partes do corpo, a fim de que todo o corpo fosse beneficiado. - 1 Co. 5:13.

A partir de então, os irmãos deveriam tratá-lo como a maioria das pessoas do mundo que estão mortas no que se refere ao conhecimento exato. Eles - os Cristãos não deveriam mais se associar com irmãos desse tipo. Não deveriam se associar no sentido de se misturar com ele por apoiar ou consentir em suas práticas. - Mt. 18:17.

Neste respeito era importante os irmãos como um todo deixarem bem claro para o transgressor deliberado que o convívio com ele não seria mais o mesmo, que a situação com ele não ía nada bem, e que não íam mais tratá-lo como se nada tivesse acontecido. - 1 Co. 5:2.

Ao mesmo tempo, ao passo que não negariam alimento físico a qualquer pessoa, certamente que não compartilhariam do alimento físico com tais transgressores, pois isso evidenciaria comunhão, evidenciaria que estavam ceando o Cristo com ele, exceto se o transgressor professasse arrependimento. Compartilhar alimento físico era , e é sinal de comunhão entre os Cristãos. - At. 2:46; 1 Co. 5:11.

Ao passo que essas medidas com transgressores impenitentes devem ser tomadas, ao mesmo tempo não se deve ir ao extremo ao ponto de abandonar completamente os que se renderam ao erro. Alguns irmãos maduros ou qualificados devem prestar assistência à esses que se afastaram por visitá-los. - Ez. 34:4,8.

Mateus 18:15 não diz se é contra ti o pecado do teu irmão, mas diz: se o teu irmão cometer um pecado... Se te escutar, ganhaste teu irmão. Esse é o ponto. O objetivo é ganhá-lo ou achá-lo. Neste respeito um "pastor" ou escravo pastoral nunca deixaria de tentar ganhar um irmão na fé, uma ovelha, assim como sempre tentaremos ganhar tanto os cobradores de impostos como qualquer homem dentre as nações que queiram ser uma ovelha de Jeová. - Mt. 18:12.

O último recurso à ser adotado é falar à congregação como o versículo 17 esclarece. Caso ele não dê ouvidos nem mesmo à congregação deve-se tratá-lo apenas como os cobradores de impostos ou homens das nações. O que nós fazemos com os cobradores de impostos ou com os homens das nações? Os odiamos? Deixamos de falar com eles? - Mt. 9:10,11.

Se ele não nos escutar, o trataremos como homens das nações, mas isso não quer dizer que não serão visitados. Isso pode ser feito de 3 em 3 meses, ou de dois em dois meses, ou de um em um mês dependendo da pessoa e da necessidade, até que se ache a ovelha. 

Você acha que se ficar um ano para visitar uma ovelha, encontrará ela viva? A não ser que você já a tenha condenado à morte. Nós não sabemos quais delas são ovelhinhas. Deixaremos de visitá-las por essa razão?


Não há uma regra para o tempo de visitas. Até que a ovelha perdida não desista das nossas visitas, é importante tentar resgatá-las o mais rápido possível a fim de que elas não morram. O objetivo das visitas, é achar as ovelhas. - Mt. 18:14.

O período de um mês, ou dois meses ou no máximo três meses, é um período considerável para se resgatar ovelhas perdidas. Quanto mais tempo demorar para visitá-las, mais riscos elas correrão. Algumas ovelhas podem ser resgatadas em questão de semanas. Visitar ovelhas perdidas é o mesmo que cear para elas e convidá-las a cear novamente assim que puderem. Infelizmente muitas delas não aceitam esse convite.

Mas Paulo aconselhou os irmãos à entregarem tal homem à Satanás para a destruição da carne, alguém talvez diga sem entender o que Paulo quis dizer. A resposta é que Paulo não se referia à Geena. - Lu. 12:5; Ap. 14:7.

O que significa destruir a carne?


Quer dizer que ele devia ser entregue ao mundo para a destruição do pecado na carne. Ele deveria matar a carne pecaminosa. Ele deveria ser entregue ao mundo para que ele percebesse a necessidade de destruir o pecado que existia dentro de sí mesmo.

Como ele faria isso?

Ao passo que convivesse no erro e fosse em busca de prazeres ilícitos, e aos poucos percebesse o tamanho da perda que teve, de como correu riscos desnecessários, de como renegou o puro convívio com irmãos inocentes, de como esses irmãos o amavam, e de como no mundo não existe amor, nem esperança, nem vida eterna, nem Cristo, tal homem certamente cairia em sí e amorteceria seus membros por refrear os seus desejos. - 2 Ti. 2:25,26.

Paulo completa sua frase ao dizer: a fim de que o espírito seja salvo no dia do Senhor. 


Que espírito é esse que deveria ser salvo, e quando é o dia do Senhor?



O espírito que deveria ser salvo é o espírito de santidade da congregação inteira, incluído o daquele homem. Se eles não disciplinassem aquele homem, por sua vez seriam coniventes, por sua vez seriam cúmplices, por sua vez seriam condenados junto com ele.

O único espírito que Cristo deseja encontrar na sua noiva quando voltar é o espírito de santidade, e a única maneira de preservarem esse espírito de santidade no corpo, era por destruírem a carne. A congregação destruiria a carne no meio dela, e o homem incestuoso destruiria a carne em sí mesmo. - Ef. 5:26,27.

Isso mostra que a função de cada Cristão é salvar ( por preservar ) esse espírito até o dia do Senhor, ou enquanto durar esse dia.Entendemos por essas palavras de Paulo que se preservaria o ensino puro da congregação, mas significa isso que a congregação deveria se sentir "pura" em relação ao pecador como se fossem melhores do que ele?

Não, pois isso seria julgamento e uma comparação iníqua. O objetivo de uma repreensão não é exaltar quem repreende, nem envergonhar ou humilhar o pecador, embora o pecador muitas vezes repreendido acabe se colocando nesta situação. - Pro. 29:1.

Quando começa o dia do Senhor?


As evidências indicam que começou em 1914, e perdura até o fim do Milênio. Mas depois falaremos mais sobre esse assunto.

No Dia do Senhor começou o arrebatamento da igreja, quer dizer, qualquer ungido  que fosse anterior a esse Dia ou que faleceram durante esse Dia, mas que mantivesse o espírito de santidade até a morte, seria notado por Cristo. Quando chegasse esse Dia, Cristo perceberia que ele - o Cristão, salvou esse espírito, e por consequência, tal Cristão seria recompensado com o arrebatamento. - 1 Te.4:15; Fil. 3:11.

Esse caso aqui era um caso sério que estava ocorrendo na congregação em Corinto. O modo como Paulo bem como toda a congregação lidou com isso serve de base para entendermos como julgar em base individual algum caso de pecado. - Gál. 6:5.

Sim, em base individual, pois cada Cristão deve ter suficiente noção do que agrada ou não ao Criador. (Ef. 5:17) Deve também ter sabedoria necessária para não ser partícipe dos pecados de outros, e ao mesmo tempo deve ter amor o suficiente para fornecer algum tipo de ajuda, ao mesmo tempo também tomando cuidado para não sofrer algum dano espiritual ou cair no mesmo pecado. - 1 Ti. 5:22.


Paulo deu uma ordem para a congregação "desassociar" aquele homem?


Não, Paulo não deu uma ordem no sentido de mandar. Paulo deu um aviso, uma advertência e um conselho firme assim como um Pai faz com seus filhos, para o repreenderem, não "desassociar", embora Paulo cuidasse de toda a alma da congregação como se a congregação fossem todos seus filhos e Paulo tivesse certa autoridade para advertir, visto que todo Pai pode advertir. Então ele podia advertir, mas todo Pai apela primeiro para o amor, a consciência e o bom senso, que é o que esta carta de 1 Coríntios demonstra. - 1 Co. 15:34.

 Ele disse no versículo 3 do capítulo 5 da primeira carta aos Coríntios que a parte dele, ele havia feito. Cabia então aos irmãos cumprirem com a parte deles. Ele estava rogando aos irmãos que procedessem do modo correto. Paulo evitava dar "ordens" pois sabia que se ele apelasse para o coração dos Cristãos, eles aprenderiam melhor e produziriam muito mais frutos e saberiam lidar com futuras situações semelhantes.

Dependendo de como é dada uma ordem, ela pode tirar a liberdade Cristã, por isso Paulo evitava dar ordens. Veja Filemon 8,9. Compare com 2 Timóteo 4:1 onde Paulo diz: Rogo-te, que quer dizer: Conjuro-te, Convoco-te, em vez de ordeno-te.

Nota-se que não era uma ordem direta com o intuito de expressar a autoridade de Paulo e mandar na congregação, mas sim uma FIRME EXORTAÇÃO, pois Paulo gasta 13 versículos dando explicações de como aquele assunto afetaria a todos.

Ensinar aos Cristãos a raciocinar era de fato muito mais eficiente do que Paulo proferir "ordens diretas", pois os Cristãos que são ensinados a aceitar as coisas sem o direito de raciocinar, se tornam Cristãos facilmente manipulados, despreparados para qualquer adversidade. Todo bom instrutor deve ensinar as ovelhinhas de Jeová a manejarem corretamente a palavra da verdade, a fim de nunca serem desviados. - 2 Ti. 2:15.

Toda ovelhinha deve de acordo com suas limitações aprender a se desviar do mal. Todo bom Pastor as carregará no colo, mas é muito mais sábio ensiná-las a andarem sosinhas para que estejam preparadas e ajudem umas às outras. Mt. 10:16.

É muito mais perigoso para uma ovelha que foi treinada a nunca questionar construtivamente "sua liderança", do que se ela fosse treinada a questionar, pois no dia em que houver qualquer falha na liderança, e a ovelhinha perceber uma falta grave, ela poderá correr um risco real de se desviar do mandamento santo. Mt. 24:24.

Além disso, um questionamento sadio é de proveito para os que exercem as funções de pastores do rebanho, a fim de que eles se policiem e tratem ainda melhor as ovelhas que estão aos nossos cuidados.- 1 Pe. 5:1-4.

As ovelhas devem entender que todos nós, inclusive a "liderança" é passiva de erros, assim como Pedro juntamente com os outros Judeus que precisaram ser corrigidos por Paulo. (Gál. 2:14) Nunca se deve passar a impressão de que a "liderança" é superior e infalível. (Gál. 2:9) Isso produziria dúvidas nas ovelhas e poderia fazer brotar ensinos de homens. O único infalível é Cristo, abaixo do Pai é claro. - 1 Pe. 2:22.


De que os Cristãos em Corinto se orgulhavam?



Visto que os irmãos estavam agindo como se nada tivesse acontecido, estavam tratando aquele fornicador como se fosse um orgulho tê-lo na companhia, por esse motivo Paulo os repreendeu, para que jamais tivessem orgulho da companhia de alguém que não estimava as coisas sagradas. - He. 12:16.

Paulo continua nos versículos 6 em diante ao dizer que a conduta  daquele homem era um fermento na congregação. Sim, Paulo chama de velho fermento evidentemente porque  a fornicação já era uma prática antiga daquele homem. Se os Cristãos não se vigiassem e não tomassem uma atitude, toda a congregação seria corrompida naquela velha prática dele como mostram os versículos 6 e 7.

Paulo mostra que não era necessário a congregação ser sacrificada pelo pecado daquele homem. Já não bastava o Cristo ter sido sacrificado por nós? 

Para que mais sacrifício então? 


Portanto se os irmãos realmente valorizavam o sacrifício que Ele - o Cristo havia feito pela congregação, eles certamente que não compactuariam naquele pecado e certamente que não tornariam vão o que Cristo fez por eles.

No versículo 8 Paulo diz que nós devemos guardar a nossa festividade, a nossa Páscoa, a nossa alegria que é Cristo.

Com quem? 

Não com o velho fermento da fornicação, ou da maldade e iniquidade que estava naquele "pão" - o fornicador em Corinto, mas Paulo fala para que guardemos a nossa festa com os pães não fermentados da sinceridade e da verdade.

Cristo é sempre uma festa para nós pois é um prazer proclamá-lo!


Nos versículos 9 em diante desse mesmo capítulo 5 da primeira carta aos Coríntios Paulo dá mais detalhes. Ele diz para que os Cristãos parem de manter convivência com fornicadores. Ele explica no versículo 10 que ao dizer assim, não se refere à toda a convivência com os fornicadores, ou gananciosos ou extorsores deste mundo, senão os irmãos teriam de sair do mundo.

O que Paulo estava querendo dizer aqui nesse versículo?

 Que os irmãos deveriam parar de falar com os fornicadores, e gananciosos e extorsores deste mundo? Era isso?

 Evidentemente que não. Do contrário como os Cristãos pregariam para eles se fossem restringidos de se comunicar com eles?


Mas Cristo não disse em Mateus 5:27-30 que se um membro do corpo te faz tropeçar, que se o arrancasse e o lançasse para longe de ti? 


É verdade que Cristo disse isso, mas ele se referia a amortecer tal membro físico no sentido de não deixar ele funcionar no corpo. Cristo se referia à cortar tal membro do funcionamento natural do corpo. De qualquer forma a decisão de decidir pela amputação e morte de um membro pertence somente à cabeça, e isso só será feito no último dia.


 Agora pense: Você físicamente cortou um membro ou um olho e ele morreu, para que lançar ele longe? Não seria mais fácil você sair de perto dele? Lançar ou não um olho longe, que já está cego é de utilidade em que? Portanto Cristo se refere às coisas na nossa vida que são tão difíceis de arrancar tal como um olho ou uma mão.


Todos sabemos que Cristo não se referia a amputação, mas aos membros do pecado, tanto é que no versículo 27 e 28 Ele estava falando do adultério. Jogar para longe um membro "morto" significa persistir em jogar para longe enquanto ele for noçivo.

Como se aplicaria isso na Congregação? 


Do mesmo modo, irmãos que querem continuar como pedras de tropeço temos que lancá-los para bem longe por persistir em nos afastarmos dele, até o dia em que ele declare que quer voltar a funcionar corretamente e naturalmente para todo o bem do corpo. É claro que fazer uma visita com o fim de restabelecê-lo não quer dizer que você não se afastou dele.

Portanto, esse texto não incentiva nem a amputação, nem a exclusão passiva de morte espiritual, mesmo porque se nós jamais negaremos o alimento a um inimigo, por que razão negaríamos o alimento espiritual? Quem dá o físico dá o espiritual para que ele deixe de ser inimigo dá fé. Poderemos amontoar brasas sobre a cabeça dele e derreter seu coração. - Ro. 12:20,21.

É importante lembrar que o único dia que negaremos ajuda espiritual a alguém será no momento da chegada do Noivo. - Mt. 25:9,10.

O conselho de Paulo era para que os Cristãos não se misturassem com pessoas que aos poucos poderiam influenciá-los ao pecado. Era para eles limitarem a convivência. Era para que os que tivessem que tratar algum assunto com esses transgressores impenitentes, percebessem até que ponto seria tal convívio um prejuízo à sua fé, e assim, impor um limite. - 2 Co. 6:14,15.

Agora que compreendemos o sentido da palavra (convivência) podemos entender o que Paulo quis dizer no versículo 11 que diz: Mas eu vos escrevo agora para que cesseis de ter convivência com qualquer que se chame irmão, que for fornicador, ou ganancioso,ou idólatra, ou injuriador, ou extorsor, nem sequer comendo com tal homem.

Será que Paulo ordenava aqui que os Cristãos não deveriam mais dirigir a palavra a algum irmão que fosse fornicador ou outras coisas?

 Que base temos para acreditar nisso se o sentido da palavra ( convivência ) não expressa isso?

Deixar de conviver significa necessariamente deixar de falar com alguém? - 1 Co. 4:6.

Evidentemente que não. Significa não se misturar. Esse é o sentido de deixar de ter convivência.

Paulo usou um paralelo no versículo 9 e 10 a respeito do que ele quis dizer com (convivência), para os irmãos entenderem no versículo 11 que tipo de convivência era a que ele se referia, e que eles deveriam evitar também essa mesma convivência com os que eram chamados irmãos.

Será que os irmãos deixariam de falar com os transgressores do mesmo modo que deixariam de falar com os que se chamassem irmãos? Paulo estava ensinando a "desassociação" aqui?

Paulo deixa bem claro que não é isso o que ele quer dizer quando diz que o tipo de convivência que eles deveriam evitar com os de fora, era na realidade o mesmo tipo de convivência que deveriam evitar com qualquer um que se chamasse irmão, mas que fosse transgressor assim como os de fora.

Se realmente Paulo se referisse à "desassociação" como é ensinada, ele certamente não diria: "nem sequer COMAM com tal homem"; mas ele diria: Nem sequer FALEM com tal homem. Paulo teve oportunidade suficiente para dizer que não era para falar com tais impenitentes, mas não é isso o que ele faz. Paulo chega ao ponto de dizer: Nem sequer (comam) com ele; mas não chega ao ponto de dizer: Nem sequer (falem) com ele.

No versículo 12 da sua primeira carta aos Coríntios Paulo diz que o julgamento dos de fora pertence a Jeová, ao passo que o julgamento dos de dentro, pertence a nós os que somos ensinados. Muitos de fora não tem o ensino do Cristo, não sabem a diferença entre a esquerda e a direita, e portanto não podem ser julgados como se julga um Cristão por sua responsabilidade, embora chegará o dia - e esse dia já está aqui, em que eles receberão uma proclamação de julgamento assim como todos.

Por fim, Paulo diz no versículo 13 que removam ou afastem do seu meio o homem mau.

Então o que os Cristãos deveriam fazer com os transgressores?



Deveriam tratá-lo do mesmo modo como eles tratavam os transgressores do mundo por afastá-lo do meio deles. Pois se ele não consegue parar de cometer fornicação, ele é um pão com fermento.

Quando Paulo diz que talvez chorasse por alguns que não se arrependeram, é porque já bastava o tempo para eles se arrependerem. (2 Co. 12:21) No dia em que eles professassem arrependimento, alguns irmãos qualificados ceariam o Cristo para esses que professaram arrependimento, por ensinar-lhes, por ajudá-los a permanecer firmes na Rocha.

Somente se considerava um homem iníquo depois de ter dado CHANCE E SUPORTE PARA ELE SE ARREPENDER (1 Ti. 3:15) Remover significa nem mesmo cear com ele, nem mesmo dividir ou compartilhar o Cristo pois fazer isso seria como jogar pérolas aos porcos. Enquanto estamos apresentando o Cristo para transgressores, é sinal de que há esperança de serem levados ao arrependimento. - 1 Te. 5:14.

Depois que ele "morre" para a congregação, não se ceia mais com ele,  exceto quando se faz visitas para ver se se arrependeu. Deve-se visitá-lo até o dia em que ele se deixará ser encontrado. O perigo que ele corre é morrer para Cristo.

Significa isso que deveriam maltratá-lo com palavras de desprezo ou vergonha? Deveriam falar mal dele?

Não, não deveriam. Caso encontrassem com ele, deveriam tratá-lo com dignidade assim como tratamos os transgressores deste mundo, porém sem arranjar desculpas para convívio.

Nenhum dos dois extremos.


Ao passo que não arrumamos desculpas para conviver com os transgressores, sejam os de fora, ou os chamados irmãos, significa isso que não prestamos assistência à eles?

De modo algum. O julgamento definitivo e condenatório deles não pertence a nós, por isso não devemos demorar visitá-los, assim como foi falado acima. É claro que alguns são tão implacáveis que eles mesmos podem pedir para não ser visitados. Nesse caso estamos isentos de responsabilidade até alguma ocasião conveniente. No entanto, não devemos desistir das ovelhas pois não sabemos quando às vamos achar. - Ez. 34:4,8.


Ao tratarmos das ovelhas devemos sempre ter em mente que elas são ovelhinhas de Jeová, são como filhos de Jeová. Não é porque uma ovelha cometeu até mesmo um pecado grave durante um curto período de tempo e professou arrependimento, que ela deva ser tratada como os transgressores desenfreados. Até mesmo pessoas que persistem no pecado por muito tempo e professam sincero arrependimento precisam ser perdoadas e se sentirem amadas novamente. - Je. 46:28.

Ao avaliar o coração das ovelhas deve-se sempre notar o que ela está disposta a fazer para mudar de atitude. (Pro. 20:5) É evidente que pessoas que cometem pecados graves mesmo num curto período de tempo, não podem cear o Cristo, no entanto não devem se sentir abandonadas. Entretanto, outros podem compartilhar o Cristo com ele, embora ele  não ensine o Cristo em seu coração.

Embora tenham entristecido a Cristo e a congregação, não são iníquas pois aceitaram ajuda e reconheceram suas fraquezas. Devem estar na companhia dos irmãos a fim de serem fortalecidas. Talvez queiram falar para alguns o seu pecado a fim de serem saradas. (Tg. 5:16) Também devem ser visitadas e tratadas a fim de que retornem a cear o Cristo.

Mesmo um iníquo que não mais quer se associar com os irmãos, pode retornar, quanto mais alguém que cometeu pecados mas que recebeu logo ajuda imediata, e se consertou. Qualquer um que professe arrependimento deve ser tratado, e qualquer um que diga sinceramente que está numa luta árdua contra um vício.

É importante ressaltar que entre os Cristãos não havia um Tribunal Eclesiástico pelo qual era submetido um transgressor. Paulo não convocou os anciãos na sua carta aos Coríntios para um Tribunal a fim de realizarem um julgamento. Não, mas Paulo escreveu na sua carta como deveriam proceder no caso de um pecador não arrependido. E Paulo não escreveu aos anciãos especificamente, mas a toda a congregação.

 A ideia de um Tribunal corresponde somente à Cristo e ao Criador. Irmãos sentarem-se num Tribunal para julgar, condenar outro irmão, faria de tais irmãos juízes superiores. Veja em Atos 5:27 que era esse sistema que funcionava entre os líderes religiosos, não entre os Cristãos.

Qualquer julgamento que haja para membros do corpo de Cristo, é primeiramente amoroso e repreensivo, e parte do ensino de Cristo, não de homens. Além disso é um direito de qualquer irmão repreender outro irmão que esteja dando um passo em falso. Isso não se restringe a apenas aos "anciãos", a uma elite ou como se houvesse uma facção no corpo do Cristo. - Gál. 6:1.

Humanos que submetem humanos à julgamento como se eles - os que julgam fossem superiores, transmitem de modo errado a essência do julgamento que o Pai faz na sua casa. Cometer pecados é realmente ruim, mas se aproveitar do erro de outros para se enaltecer é muito mais ruim ainda. - Sal. 50:20,21; Lu. 18:9-14.


Outra coisa que é importante ressaltar é que Paulo escreveu a sua primeira carta aos Coríntios no ano 55 EC, e a segunda carta também no ano 55. Isso mostra para nós que o período de disciplina para àquele transgressor em Corinto durou meses, não anos. Na tradução do Novo mundo das escrituras sagradas na página 1548 há uma tabela onde mostram as datas em que Paulo escreveu suas cartas.

Na segunda carta que Paulo escreveu aos Coríntios, ele agora pede no capítulo 2 versículo 7 e 8 para que os irmãos perdoem bondosamente o irmão arrependido. No versículo 6, Paulo fala que essa censura da parte da maioria era suficiente para tal homem.

Que censura era essa?


 Era impor um limite de relacionamento. Observe que não era uma censura de todos, mas da maioria. Evidentemente que a minoria que não o tinha censurado era a minoria que o ajudaria a se recuperar espiritualmente.

Em resumo, como funcionava a disciplina no primeiro século?



Por exemplo, para irmãos que cometeram fornicação durante um curto período de tempo, e não se detectou iniquidade no seu proceder pois buscaram ajuda rápida, se deveria manter o assunto guardado entre os que estavam à par do caso e fornecer ajuda.

Para os que esconderam seu pecado grave por um longo período de tempo, mas quando descoberto professaram arrependimento, nesse caso deve-se avisar a congregação pois o transgressor estava morto à muito tempo, e talvez ainda esteja morto, e agiu com iniquidade enganando à todos. - Pro. 28:13.

É claro que nem todos os casos em que se escondem um pecado é caso de iniquidade. Pedro por exemplo foi tratado com misericórdia depois que foi exposto. O Rei Davi também, depois que foi exposto pelo profeta Natã. Ambos tinham um coração bom pois no fundo de seus corações não desejavam prejudicar ninguém, mas pagaram um preço maior por esconder o pecado. - 2 Sa. 12:1-14; Gál. 2:11-14.

Quem esconde um pecado grave não deve cear o Cristo, mas devem cear para ele e fornecer ajuda principalmente com respeito à sua trapaça a fim de encontrarem o verdadeiro arrependimento. - 1 Co. 11:27,28.

Embora seja tolerável esconder um pecado por vergonha por um curto período de tempo, áquele que esconde seu pecado e vive como se não tivesse pecado, está em piores condições do que aquele que imediatamente confessa. O engano e a hipocrisia é uma característica de não arrependimento, por isso é vital confessar os pecados uns aos outros o mais rápido possível. - At. 5:1-11.

E para os que disseram que parariam com a sua fornicação, e causaram tristeza mas  foram ajudados, e receberam todo o suporte necessário para escaparem do erro, e na realidade não pararam, deve-se falar à congregação a fim de que a congregação fique de luto a fim de levá-lo ao arrependimento. - 2 Co. 7:8-11.

Se ainda assim não se arrependeram devem entregá-lo à Satanás para a destruição da carne a fim de que o espírito seja salvo no dia do Senhor. (1 Co. 5:5) Em todos os casos de transgressões graves, o transgressor não está em condições de compartilhar o Cristo. Após mudarem de proceder, estarão em plenas condições de ensinar e compartilhar a alegria do Cristo novamente, e de consciência limpa. - Tg. 5:20.

Ao passo que os Cristãos censuravam os impenitentes, do mesmo modo perdoavam os que demonstravam verdadeiro arrependimento, a fim de que não fossem vencidos por Satanás por se tornarem implacáveis. - 2 Co. 2:7-11.

Ao se analisar qualquer caso de pecado, todos os que estão à par, devem avaliar a natureza do pecado, a disposição do transgressor em reparar o erro, se o pecado é grave, se afeta à outros ou apenas a sí mesmo. Principalmente se o infrator é sincero e não deseja prejudicar ninguém, nem seu relacionamento com Cristo e com o Pai. - Pro. 18:4.

Qual era o conceito que o próprio Cristo tinha sobre pecadores?



Em Lucas 15:1-32 o Salvador ensinou como deveria ser o tratamento prescrito para os pecadores. Os Fariseus diziam que Cristo acolhia pecadores e comia com eles. Cristo respondeu que veio resgatar pecadores. Ao tentar resgatá-las, Cristo às ensinava e não o contrário.

Do mesmo modo na congregação, irmãos qualificados ao tentar resgatar alguém que está abatido por ter caído até mesmo num pecado sério, pode convidá-lo para conversarem, ou até comerem juntos a fim de ajudá-lo. - Gál. 6:1,2.

Em Mateus 9:11-13 Cristo deixa claro que veio ensinar misericórdia e não sacrifício. Ele não deseja que os pecadores sejam sacrificados, tanto por permanecerem no erro, e até mesmo perder o favor divino, quanto por serem desprezados e enxotados como se não servissem mais para nada, mas deseja que se tenha misericórdia com eles, a fim de salvá-los. - Lu. 17:3.

Embora em alguns casos seja necessário uma disciplina mais firme para os indisciplinados e desrespeitosos, na maioria dos casos em que se usa de misericórdia são ganhos as ovelhas, em contraste com os muitos aí fora que utilizam de disciplina severa e espalham ainda mais as ovelhas. - Ap. 3:19.

Embora Cristo comesse com pecadores e acolhesse pecadores na sua conpanhia, é evidente que Cristo não comeria com alguém que depois de receber bastante ajuda, ainda assim fizesse a congregação sofrer e desprezasse o amor da congregação e continuasse na sua conduta desenfreada, a menos que se arrependesse é claro. - 1 Co. 5:11.

É evidente que Cristo só foi comer com o Fariseu porque ainda estava procurando por eles como Filhos, ainda estava tentando ajudá-los. - Mt. 15:24.

A lição que Cristo ensina no capítulo 15 de Lucas no versículo 1 ao 10 é muito clara por ser uma mensagem de amor e misericórdia. Cristo deixa bem claro que é o escravo do pastoreio quem deve ir atrás das ovelhas, e não o contrário. No versículo 4 ele diz que o escravo do pastoreio vai em procura da ovelha até achá-la. Cristo ensina que o verdadeiro escravo do pastoreio nunca desiste de suas ovelhinhas. Observe que ao se referir aos que cuidam das ovelhas, Cristo não os chama de Pastores, mas de homens que cuidam do rebanho.

Por que tem que ser o contrário nas congregações, especialmente entre as Testemunhas de Jeová?


 Por que têm que ser a ovelha que deve se arrastar até o pastor?


Infelizmente entre as Testemunhas de Jeová não existe nem o primeiro estágio de disciplina que é movido por tristeza e ensino e amor, nem o segundo, que também é movido assim. Elas são ensinadas a partirem logo para o quarto estágio de disciplina: Deixam de conviver, mas não apenas deixam de conviver como também deixam de falar qualquer palavra, mesmo que seja de encorajamento. Além disso, todos censuram o pecador, e não a maioria como especificado nas Escrituras.

Quando os anciãos se lembram, visitam o pecador uma vez por ano. Todos fecham a única porta que restava para o pecador - a porta de comunicação. A única diferença que existe realmente entre a "desassociação" e a inquisição, é que os desassociados não são queimados na fogueira, mas são chamuscados na boca da maior parte das congregação como rebeldes, pecadores, apóstatas, filhos do Diabo. - Tito 3:2.

Os pecados de primeira instância, ou do primeiro estágio, são tratados como os pecados do quarto estágio. Isso mostra que não existe um tratamento, um cuidado amoroso para os arrependidos.

Sim porque o conceito de arrependimento entre muitas Testemunhas de Jeová é um conceito distorcido. E esse ensino parte de dianteira de que uma pessoa arrependida precisa passar por grande humilhação por parte dos outros membros para provar o seu arrependimento. Na verdade isso não é necessário e nunca foi necessário entre os primitivos cristãos. Nunca foi necessário usar de disciplina cruel entre os irmãos de Cristo. - Lu. 17:3,4.

Isso que falo não é mentira pois se alguém comete pecados não tão graves, são descredibilizados principalmente se não são tão bem quistos ou populares entre os da dianteira. Se uma pessoa falta reuniões, é julgado como fraco. Quer dizer, os que assistem reuniões precisam tomar muito cuidado para não sofrerem qualquer grau de humilhação. Parece que estão num campo minado no qual só sobrevivem os "fortes".

Não existe um acompanhamento de suporte e auxílio. Sim, porque há injustiça quando não se dá suporte para uma pessoa se corrigir. O que existe é um chá de Bíblia e um monitoramento quanto a se a ovelha de alguma forma cometeu algum pecado que poderia manchar o nome ( fama de perfeição ) da organização "Testemunhas de Jeová".



E quando uma ovelha comete um pecado de fornicação? 




É claro que a Palavra de Deus é contra a fornicação e nós odiamos até mesmo a roupa que estiver sido manchada pela carne, mas inevitavelmente o infrator reconhecido como "Testemunha de Jeová" será desassociado em vez de tratado e ajudado.

A obra de pregação das Testemunhas de Jeová é um saco furado?

 Depois de tanto trabalho para conseguir ovelhas, se esquece delas num estalo de dedos? 

O que adiantou? A doutrina do inferno de fogo foi trocada pela da desassociação?

Infelizmente não existe uma preocupação amorosa, o que existe é uma obsessão muito louca por um nome que somente Deus é o único que pode dar, e esse nome é Testemunhas de Jeová, mesmo que o recebam apenas dos homens como título. Pode até existir uma afinidade entre irmãos, mas perde o seu lugar quando entra em choque com as "diretrizes do Corpo Governante".

No versículo 8 ao 10 do capítulo 15 de Lucas, Cristo diz que se uma mulher perde uma moeda de dracma, ela ascende uma lâmpada, varre a casa e a procura cuidadosamente até achá-la.

Nesses versículos Cristo transmite um grande ensinamento para que os que se acham nas funções de Pastores escravos, ou melhor, escravos do pastoreio, a fim de que procurem cuidadosamente as ovelhas perdidas até achá-las.

O que isso nos ensina?



 Que um Pastor verdadeiro procuraria conhecer bem a aparência de seu rebanho a fim de não perder nenhuma ovelhinha. (Pro. 27:23) Indica também que se ele não achou a ovelha na primeira visita, talvez ele deva vir com novos recursos numa próxima visita. - 1 Co. 9:19-23.

Se ele foi visitá-la e não obteve resultados, é sinal de que ele não recuperou a ovelha. Então ele vai de novo, sem desistir, até achar. Quando a ovelha disser que quer sim estar novamente em comunhão com Cristo, aí sim ele achou a ovelhinha. - Mt. 18:15.

Um dos maiores recursos que um bom Pastor precisa trazer para uma ovelha
Chama-se compreensão. Além de não fazê-la se sentir envergonhada, e repreender os que querem envergonhar outros. Mesmo porque, irmãos que se sentem bem por persistir em envergonhar outros, não são realmente irmãos. - Ro. 12:10.

Procurar cuidadosamente uma ovelha talvez dê trabalho, mas vale à pena resgatar uma ovelha e contribuir para uma festa entre os anjos. Jeová está muito preocupado no modo como suas ovelhas estão sendo tratadas, tanto que Ele mesmo disse: Eu mesmo vou buscar as minhas ovelhas. Veja Ezequiel 34:7-11,15,16.

E assim como Jeová enviava profetas para avisá-los, hoje não é diferente. A história se repete. Jeová não vai tolerar o mal trato que se faz com suas ovelhas, seja onde elas estiverem! Ele está indignado e está dando uma chance à todos vocês. Ez. 34:1,2.

Anciãos e membros do corpo governante, obedeçam a voz de Jeová!

Em Lucas 15:11-32 Cristo conta a história de dois filhos. O mais jovem pediu a herança ao seu Pai, então seu Pai dividiu a herança entre os dois.

Que herança é essa que o Pai deu aos seus filhos?



Esta herança que Jeová deu a cada um de nós, chama-se livre arbítrio. O filho mais jovem, talvez menos experiente pedir a herança, significa que ele pediu o direito de fazer o que quisesse com esse maravilhoso presente que Deus nos deu - o livre arbítrio. - 1 Pe. 2:16.

Depois que o Pai concedeu os bens ou direitos de liberdade e escolha, o filho mais novo aprontou suas malas, e viajou para um País distante, bem distante da presença de seu Pai, ao passo que o seu outro filho usou seus bens alí mesmo na casa do Pai.

O País distante é o mundo de Satanás que está bem distante da glória de Jeová. Chegando lá no País distante, ele gastou todos os seus recursos com as meretrizes. Então ocorreu uma fome severa no País e ele começou a passar necessidade. Ef. 2:19; Fil. 3:20.

As meretrizes representam os prazeres que o fizeram trocar o amor do Pai. A fome representa qualquer dificuldade e a falta de garantia que vivem aqueles que estão no mundo de Satanás.


Esse filho raciocinou e resolveu pedir perdão ao seu Pai para que o seu Pai o perdoasse e fizesse dele apenas como um dos empregados. Quando o Pai o avistou de longe, antes mesmo de o filho proferir qualquer palavra, seu Pai teve pena e foi correndo ao seu encontro, e lançou-se ao pescoço do filho e o beijou ternamente.

O Pai fez mais do que isso, mandou trazer uma veste comprida, a melhor veste, e um anel para os dedos e sandálias para os pés. Quer dizer, seu Pai o vestiu como um filho, o honrou com justiça e santidade, e lhe deu um anel de aliança, e não permitiu que ele continuasse descalço como os escravos. Que sinal de perdão! Que exemplo o próprio Criador dá de perdão divino!

O que Cristo quis ensinar nessa ilustração?




Simples, Ele quis ensinar o perdão. Ele quis ensinar que mesmo alguém que cometa fornicação muitas vezes com as prostitutas, mesmo alguém que use mal o seu direito de herança, se se arrepender sinceramente e  somente pedir perdão de coração, será perdoado pelo Pai. 


O Pai não vai mandar que o pecador arrependido vá falar com os líderes (se bem que o Cristo nunca designou líderes) para saber o que eles acham quanto a se eles perdoam ou não. Embora irmãos bondosos possam ajudá-lo a se restabelecer, quem perdoa por que conhece o coração é Jeová, e nós também perdoamos por que acreditamos sinceramente no arrependimento de nossos irmãos sem duvidar de sua sinceridade.

O Pai não disse que o filho primeiro precisaria ser desassociado, e que ninguém deveria falar com ele. Não, o Pai não fez nada disso, mas fez o contrário. Mandou honrar o Filho e recebê-lo com uma festa. Quem não queria falar com o irmão não era o Pai, mas o irmão mais velho que não compreendia o amor do Pai, assim como algumas religiões.

O fornicador em Corinto não havia pedido perdão inicialmente assim como o filho pródigo, mas assim como o caso do fornicador em Corinto, o filho pródigo passou por dificuldades que o levaram ao arrependimento. Estas duas histórias ensinam que independente da congregação ajudar a causar o arrependimento, ou seja lá a forma como ele venha, uma coisa é certa, Jeová perdoa amplamente os pecadores arrependidos. - Is. 55:7.

O último versículo da ilustração é decisivo no sentido de mostrar o que é realmente mais importante para o Pai. Não importa quanto tempo alguém esteja no pecado, o que é mais importante para Jeová é um filho que estava morto, passar a viver, e que estava perdido, ser achado.

 A Palavra de Deus condena a desassociação?




Sim, a desassociação é errada sim, e isso se manifesta no modo como ela é administrada. Do ponto de vista Cristão, deixar de conviver com um transgressor e  não desassociar, era na realidade um  último recurso para tentar restabelecer um transgressor que estava enveredando por um caminho de maldade,  e tal restabelecimento era composto pelo fato de ir visitá-lo.

Além disso, tal repreensão era administrada por membros individuais à pessoas que se comportavam com iniquidade. É evidente que caso haja a necessidade de executar uma repreensão a algum irmão numa congregação, a congregação que executa isso, deve sempre ter servido a nível de suporte e ter estado sempre pronta para carregar os fardos uns dos outros. - Gál. 6:2.

Nesse caso o pleno peso do pecado do transgressor não arrependido, cairá sobre ele, e a congregação terá cumprido seu papel de auxiliadora dos que são fracos, não recebendo nenhuma parcela de responsabilidade por algum tipo de negligência. - 1 Te. 5:14.

A disciplina que envolvia a não convivência com um transgressor não arrependido era na realidade o último recurso de disciplina, e a caráter individual. É é por isso que Jeová disse: Terei de castigar-te no devido grau. - Jer. 46:28. Compare com Zacarías 1:15 e Lucas 12:47,48. Veja também como o Criador faz diferença entre disciplina e disciplina nos seus tratos com Moisés, Arão, e Miriã. Leia Números 20:12; Deuteronômio 3:25,26; Salmos 106:32. Números 12:1-16.

Embora realmente a Palavra de Deus não apoie os que abusam da bondade do Criador com seus pecados crassos, ela também não diz que devemos nos refrear de falar com tais transgressores com o objetivo de levá-los ao arrependimento.

Pare e pense: Por que nenhum dos apóstolos nunca disseram para os Cristãos cessarem de falar com transgressores? Se eles tivessem dado a ordem para que os irmãos parassem de dirigir a palavra àqueles que fossem chamados irmãos mas que fossem transgressores, não teriam eles evitado até mesmo a apostasia?

Nós observamos que eles não fizeram isso. Não vimos também que Cristo deu autoridade para uma parte central executar punição como quisesse.

Por que não?


Cristo sabia do risco que a própria liderança (modo como alguns preferem ser chamados) correria de se corromper embora nós saibamos que Cristo não designou líderes no corpo de Cristo. Veja isso em Lu. 12:47,48.

Não, mas observamos na terceira carta de João no versículo 9 que o apóstolo João teve toda a oportunidade para ordenar que os irmãos parassem de falar com Diótrefes. João não faz isso, apenas diz que se tiver oportunidade, fará lembrar as obras iníquas dele.

O apóstolo João fala essas coisas para deixar a cargo de cada Cristão o direito de se expressar ou não contra a maldade, e para que os irmãos vejam nisso a oportunidade de crescerem à madureza, e tomarem uma posição contra quem está realmente abusando da liberdade Cristã, ao mesmo tempo tomando cuidado para não serem desviados para o mal. João dá total liberdade a cada membro individual para que cada um julgue por sí próprio o que é certo é o que é errado. - He. 5:14.

João deixa bem claro que era Diótrefes quem estava promovendo a EXPULSÃO de irmãos que não consentiam no mesmo modo de pensar dele. João repudia essa atitude de Diótrefes tanto no versículo 9 quanto no 10. João repudia a desassociação!

Será que como Diótrefes, hoje pode haver pessoas que insistem nessa mesma prática de EXPULSÃO, só porque alguns não concordam com alguns de seus ensinamentos, ensinamentos estes cujas evidências atestam como errados?

Sim, infelizmente isso existe hoje, mas não da parte do apóstolo João que poderia também ter tomado posse "dessa autoridade de EXPULSÃO" assim como Diótrefes, mas João não fez isso, ele não se igualou à ele, não tomou a liberdade dos irmãos, mas confiou que eles tomariam a decisão correta e se oporiam à Diótrefes por decisão pessoal e individual.

O que mais glorifica ao nosso Pai celestial, pessoas que seguem cegamente à homens, ou pessoas que por fazerem bom uso da consciência, aprendem a tomar boas decisões baseadas em suas faculdades de raciocínio a fim de protegerem tanto a sí mesmos quanto aos outros?

Cada Cristão deve ser capaz de tomar suas próprias decisões, e Paulo deixa esse ensino bem claro quando diz que ELE entregou Himeneu e Alexandre à Satanás para destruição da carne para serem disciplinados. Paulo não ordena que todos façam isso, mas se apresenta como modelo para os irmãos imitarem, e assim enxergarem a necessidade de fazerem o mesmo. - 1 Ti. 1:19,20.

Observe que Paulo "entregava à Satanás" àqueles que resistiam à verdade num grau excessivo. Isso mostra que Paulo primeiro tentava ajudá-los. - 2 Ti. 4:14. Para se chegar a esse ponto, primeiro Paulo se entristecia, e se indignava, visto que não correspondiam à ajuda e "estavam além de cura".

É evidente que se fosse considerado um pecado dirigir a palavra ( mesmo em casos de extrema necessidade ) à transgressores, boa parte dos problemas da congregação estariam resolvidos, se é que seriam mesmo resolvidos. Bastaria então os apóstolos ordenarem: Cessem de falar com qualquer que se chame irmão, mas que seja transgressor, e à todo aquele que infringir essa ordem, seja expulso ou desassociado.

Isso tudo mostra que se entristecer, ou ficar de luto, ou entregar alguém a Satanás, era uma decisão individual, e exortar um irmão a fazer o mesmo não era uma ordem, mas um apelo ao pleno sentimento de confiança e intimidade, e franqueza no falar de uns para com os outros assim como Pais e Filhos. Veja 1 Coríntios 4:15,17.


Alguém talvez defenda que Cristo deu autoridade em João 20:22,23 para os Cristãos não perdoarem pecados. Isso procede?


João no capítulo 20:22,23 diz: Depois de dizer isso soprou sobre os discípulos e disse: recebam espírito santo. Se vocês perdoarem os pecados de alguém, eles estão perdoados; se não perdoarem os pecados de alguém, eles não estão perdoados.


Em primeiro lugar Cristo soprou sobre os apóstolos indicando uma operação do espírito santo, e deu autoridade para os apóstolos, não à todos os Cristãos. Os apóstolos acabavam de receber uma autoridade da parte de Cristo de perdoar pecados ou não perdoar pecados.

Logo no início do crescimento da congregação Cristã, era de muita ajuda e de suma importância os apóstolos receberem espírito santo para sondar o coração de alguns assim como o próprio Cristo. (Lu. 7:36-50) Jeová denunciava os corações que não eram retos, mas nocivos. Vejam especialmente Lucas 7:39,40 e o 48.

A fim de se preservar o nascimento e a infância da congregação e não deixar espaço nenhum para a apostasia, isso aconteceu logo no início da congregação. A base da congregação tinha que ser forte assim como um adulto plenamente desenvolvido que teve uma boa estrutura na sua infãncia. Ef. 2:20.

Isso evitaria que os próprios apóstolos "designassem" sem querer à homens que tramariam contra o rebanho. Essa autoridade foi dada visto que em casos extremos talvez fosse difícil definir quem prejudicaria o rebanho. Desse modo, Cristo protegeu a congregação que era como um bebê e preservou o firme alicerce da casa do Pai.

Veja uma amostra dessa autoridade concedida à Pedro em Atos 5:1-11. Nesse caso Pedro foi usado para usar a autoridade divina de reter o perdão. Numa outra ocasião Pedro também pôde sondar pelo espírito o coração de certo Simão. Nesse caso Pedro usou sua autoridade para perdoar. Veja At. 8:18-24.

Uma vez preservado esse alicerce, a congregação estava agora em plenas condições de avançar rumo à madureza e se proteger de predadores da fé. Depois de uma boa parte da congregação se estabelecerem firmemente no alicerce dos apóstolos e aprenderem a ser suporte uns para os outros como adultos espirituais, não seria mais tão necessário o uso dessa autoridade.

Portanto esse texto não admite uma autoridade espiritual de homens sobre o perdão de Deus e a vida de um irmão.

Ao mesmo tempo a Palavra de Deus não defende aqui o direito de falar com quem gosta de pisar no Cristo, não é isso. Não, mas a Palavra defende o direito de fornecer à eles a única porta de saída e reconciliação, pois isso representa o tamanho do perdão e amor do Pai, independente de alguns acreditarem que a porta de perdão do Pai tenha que passar pela porta de perdão de apenas alguns homens. Trata-se do direito de confiar neles, fornecer-lhes crédito e apresentar à eles o livre direito de dizerem: Eu me arrependo! 

Esta porta de acesso, o Criador sempre deixou aberta, e deixará até o último dia. A pergunta é: Quem somos nós, e quem é o homem para fechá-la?


A porta ficará aberta até o último dia

Quando começa a colheita e a época da colheita?

Mateus 12:30 fala da colheita e da época da colheita. São dois eventos. A colheita do Trigo se dá logo após Cristo assumir poder régio em 1914. ( É bem provável que isso tenha ocorrido três anos e meio após Cristo ter sido empossado como Rei.) De modo que Ele colhe algumas espigas de trigo já antes do arrebatamento - o qual ocorre pouco antes do Harmagedom. - 1 Te. 4:15,16.

A época da colheita do Trigo começa após o início da reunião do Joio que se dará no início da Grande Tribulação. Essa colheita do Trigo a que Cristo se refere culmina no final da Grande Tribulação que é quando ocorre o arrebatamento. - 1 Te. 4:17.

Cristo deixou claro nesta ilustração do Trigo e do Joio, a existência de dois sistemas de coisas, ao falar do fim de UM SISTEMA DE COISAS ( Mt. 13:39 ) que é o período que se estende até o início da Grande Tribulação, e ao falar do fim DO SISTEMA DE COISAS ( Mt. 13:40) que vai desde o início da Grande Tribulação até o final dela quando ela é interrompida pelo Harmagedom.

 A colheita se refere a um sistema e não o final do Sistema de Satanás, a época da colheita se refere a o outro sistema. Cristo também sabia que o trigo estaria junto do Joio, não unido ao joio. Isso indica que há trigo espalhado pelas diversas religiões ou mesmo fora delas.

Na parábola do Trigo e o Joio, Cristo deixou bem claro que o Joio só pode ser arrancado, ajuntado e queimado na época da colheita ou no fim do sistema de coisas, isto é do início até o final da Grande Tribulação quando Babilônia será completamente queimada no fogo. É por isso que o Joio é ajuntado primeiro. Ap. 17:16.

Mateus 13:30 diz: Deixem ambos crescer juntos até a colheita, e na época da colheita eu direi aos Ceifeiros: Ajuntem primeiro o Joio para ser queimado; depois Ajuntem o trigo no meu Celeiro. 

A colheita foi o período que se iniciou algum tempo após Cristo ter sido empossado como Rei, e se estende até o período inicial da Grande Tribulação. Já a época da colheita se inicia ao se iniciar a Grande Tribulação, e termina entre o final da Grande Tribulação e o Harmagedom que é quando ocorre o arrebatamento.


Ninguém hoje sabe definitivamente quem é o Joio e quem é o Trigo, por isso Cristo diz que não é para arrancá-lo. Se os anjos simplesmente arrancassem agora alguns com características de Joio, mas que logo depois caso os anjos esperassem mais um pouco se tornaria um Trigo, eles perderiam esse Trigo.  ( Ec. 11:1 ) Além disso quem arranca um trigo antes da hora, assume o papel dos anjos e influencia por atrapalhar o propósito de Jeová em relação ao Reino.

Quanto à isso não teremos dúvidas,  a Grande Tribulação refinará a todos de tal forma que não se terá dúvidas quanto a quem é Joio e quem é Trigo. - 1 Co. 4:5.

Nos versículos 28, 29 Cristo deixa bem claro que antes da colheita ninguém deve condenar ou arrancar ninguém pois a época da Colheita é no final do Sistema de Coisas, e os Ceifeiros são os anjos em vez de algum homem, como mostram os versículos 39, 40.

Seria um exagero aplicar o ensino a respeito da ilustração do Trigo e do Joio à questão da "desassociação?" Definitivamente não. Por que? 

Qual é a essência da "desassociação?" Não é de que "o desassociado" sofreu um Julgamento condenatório? Se a resposta for não, por que então ele sofre morte social ao ponto de ninguém lhe dirigir à palavra? Por que que não é um Julgamento se é formado um Sinédrio ou uma comissão judicativa sem direito à advogado? 

Sim, pois no antigo Israel os juízes também serviam como advogados pois tinham o mandamento de não serem injustos, (Levítico 19:15) no entanto a "desassociação" se torna totalmente injusta visto que os anciãos são pressionados a serem "unânimes". Veja Deuteronômio 16:19.

Observação: Essa unanimidade é uma farça por ser a própria ideia do Corpo Governante, pois não há unanimidade entre anciãos que raciocinam e anciãos que obedecem à homens, nem há justa unanimidade entre anciãos que só obedecem cegamente à homens. - Deuteronômio 1:16,17; compare com Romanos 2:11. 

No entanto, se todos obedecem à unanimidade que é sinônimo das ideias do Corpo Governante conforme ordenado no KS, vendem dessa forma sua própria faculdade de raciocínio pelo direito de se tornarem a cada dia mais e mais escravos de homens e julgarem segundo o Julgamento unânime deles - do Corpo Governante conforme ensinado no Ks, mesmo que não se tenha certeza de que tal Julgamento seja justo realmente, para eles o importante é "serem unânimes". - 2 Crônicas 19:6.

Por que o "desassociado" é levado a pensar que o seu pecado é imperdoável, e por mais que ele se entristeça, "Jeová" para ele se torna tão implacável? O que falta para ele morrer? De fato, há relatos de que muitos desassociados cometeram suicídio, logo após entenderem erroneamente que a pessoa por quem eles mais esperavam, "não os amava mais - Jeová".

A "desassociação" de fato não poupa depressivos, pessoas com problemas emocionais, senhoras de idade avançada, familiares em estado terminal com cãncer, amigos íntimos de longa data. 

E a dissociação que é irmã da "desassociação" não poupa alguém que foi estuprado(a) por um membro da congregação, e que por objeção de consciência e de extremo sofrimento emocional decide retirar seu nome do rol de membros da Organização. E tudo isso por um nome santo assim como os judeus que insistiam em dizer que eram filhos de Abraão. - Jo. 8:33,39.

A "desassociação" não poupa os fracos arrependidos, mas põe a todos na mesma categoria, além de lhes infringir como punição uma crise de consciência por fazerem pensar que é Jeová que está por trás desta doutrina cruel, desumana e sádica que mais desonra o precioso nome de Jeová, e que tem espalhado as ovelhas que infelizmente vão buscar apoio entre os apóstatas "visto que já estão se sentindo na lama", além de angariar processos judiciários desnecessários para a Organização, processos esses que quem pagam são justamente os irmãos que financiam essa Organização. Sai tudo do bolso das ovelhas.

Se tudo o que uma pessoa tem, talvez ainda seja um pouco de comunicação, tentam-lhe arrancar a única coisa que lhe resta. Mas nós não nos deixaremos nunca ser escravizados por mandamentos de homens. Leiam a aversão que Paulo tem à esses mandamentos em toda a sua carta aos Gálatas.

E que os homens possam refutar esta carta caso ela não tenha apoio na palavra de Deus, visto que tudo foi explicado até mesmo nos mínimos detalhes. . - Gál. 2:4,5.

Textos amiúde mal aplicados

Agora que chegamos até aqui, vamos analisar alguns textos que supostamente dariam apoio à desassociação. O primeiro é Romanos 16:17 que diz: Eu os exorto agora, irmãos, a ficar atentos àqueles que causam divisões e dão motivos para tropeço contrariando os ensinamentos que vocês aprenderam; afastem-se deles.

Paulo exorta ou aconselha, assim como faz no restante de suas cartas. Paulo nunca dá  ordens. A autoridade que Paulo recebeu de Cristo, foi para ensinar, exortar, aconselhar com firmeza.


 Mas o que significa se afastar desses que causam tropeço?


Observe que Paulo nunca diz: Parem de falar com ele; mas diz: Evitem esses homens que causam tropeço e que trazem ensinos divisórios. Compare com 2 Tessalonicenses 3:6 onde Paulo em vez de ordenar, DÁ INSTRUÇÕES similares.

Evitá-los significa não ser partícipe nas suas obras. Em nenhum momento as Escrituras dizem para nunca lhes dirigir a palavra, mesmo porque uma hora ou outra eles precisarão ser advertidos e visitados. Veja 1 Tessalonicenses 5:14.

Isso é ainda mais corroborado em 2 Tessalonicenses 3:14,15 que diz: Mas se alguém não for OBEDIENTE ao que dizemos nesta carta, tomem nota dele e parem de se ASSOCIAR com ele, para que fique envergonhado. Contudo, NÃO O CONSIDEREM COMO INIMIGO, mas CONTINUEM a aconselhá-lo como IRMÃO.

O que na realidade as Escrituras nos mostram? Que deixar de se associar com alguém significa necessariamente fechar a única porta de escape? Fechar a alguém o direito de ele falar?

Note que Paulo diz para aconselhar os desobedientes, àqueles que não aceitam e deixam bem claro que não concordam com esta carta inspirada.

Será que Paulo chamou à estes de apóstatas por não concordarem com sua carta inspirada? 

Não, Paulo os chama de irmãos, e se vê na responsabilidade de ajudá-los caso eles queiram.

Embora O próprio Cristo não tivesse muitos motivos para falar com Satanás, quando tentado por ele lhe dirigiu a palavra em resposta pelo menos três vezes de acordo com o registro bíblico.

As escrituras nos aconselham a não sermos partícipes dos pecados de outros, isso aconteceria caso os tratássemos como se nada tivesse acontecido. Isso aconteceria se ficássemos arranjando desculpas para dirigir-lhes a palavra ao ponto de fecharmos os olhos às suas práticas. - 1 Ti. 5:22.

As Escrituras nos exortam a até mesmo entregar à Satanás à esses que persistem em se opor completamente quer por conduta quer com palavras ao ensino sadio do Cristo. Estes se opõem quando querem permanecer em seus pecados graves e quando se posicionam contra todo o ensino do Cristo, e procuram dominar as ovelhas do Pai. - 1 Pe. 5:2,3.

Uma vez entregues à Satanás, não os procuraremos mais tão frequentemente como fazíamos, embora os visitaremos até que não mais consintam nisso, pois visitá-los com frequência a fim de resgatá-los seria como jogar pérolas aos porcos. - Mt. 7:6.

E se um homem promove uma seita, como devemos agir à luz da Palavra de Deus?


Tito 3:10 dá a resposta: Quanto ao homem que promove uma seita, rejeite-o depois de aconselhá-lo com firmeza uma primeira e uma segunda vez.

O conselho de Paulo é claro. Depois de aconselhá-lo duas vezes, é para rejeitá-lo. Quem promove uma seita, corre um grande risco de apostatar. Não é como alguém que discorda de algum ensinamento ou de parte de algum ensino. É alguém que tem bastante conhecimento e os estão distorcendo.

O que isso significa? 

Que Tito deveria rejeitar tanto o ensino quanto a companhia dele, e que se ele persistisse nisso, deveria ser entregue à Satanás assim como Himeneu e Alexandre.

Por que quem persistisse numa seita deveria ser entregue à Satanás?


2 Timóteo 2:16-18, 26 responde. 


E quanto ao texto de 2 Pedro 2:19-22, este texto dá margem para crermos que alguém que discordou de uma organização religiosa deva ser considerado como apóstata?


A resposta é não, ninguém na Terra tem autoridade para fazer um Julgamento desse tipo, só Cristo e o Pai podem tomar essa decisão. Se alguém estiver discordando de toda a Palavra de Deus, o máximo que podemos fazer é ficarmos alertas e nos previnirmos e previnir nossos irmãos por ajudá-los a raciocinar, não raciocinar por eles.

Se lermos o texto inteiro do capítulo 2 desta segunda carta de Pedro, veremos que Pedro se refere a falsos profetas, formadores de seitas cuja conduta degrine o caminho da Verdade. Pedro se refere ao início da grande apostasia que já estava se desenvolvendo no meio da congregação lá no primeiro século, e que se estenderia até os dias de hoje. Veja 1 João 2:19

Esse era o joio ao qual Cristo havía se referido e à quem Pedro chamou de falsos profetas. São homens que insistem em aviltar a carne com doutrinas de homens, e desse modo desprezam o Cristo. Falam mal dos gloriosos - os pequeninos. Agem segundo seu próprio instinto carnal de maldade, são manchas e defeitos que precisam ser removidos.

Se entregam a uma vida de excessos em pleno dia ou seja, quanto mais tem, mais eles querem. Embora as pessoas que se excedem no comer e no beber façam isso a noite, esses são tão gananciosos que desejam o pecado o dia inteiro.

Essa expressão "em pleno dia" também transmite a ideia de conduta desavergonhada, não se escondem, roubam descaradamente na frente de todos. Eles nunca se saciam por isso estão sempre se banqueteando ( compartilhando ensinos enganosos ) a fim de sempre poderem extorquir.

Eles adulteram a Palavra de Deus para o seu próprio proveito. Seu coração foi treinado na ganância, por isso amam a recompensa da injustiça. Esses homens são fontes sem água. Não podem saciar a sede espiritual de ninguém. São neblinas que só servem para tampar a visão das ovelhas inocentes.

Suas declarações são cheias de pompa, proferem declarações bombásticas a fim de reterem atenção para sí mesmos. Eles apelam para os  desejos da carne por permitir que seus adeptos vivam uma vida como bem entenderem, por não ensinar que não devem viver em prol da satisfação da carne pecaminosa, desde que paguem por isso por intermédio de seus recursos financeiros. Desse modo tanto os adeptos quanto esses falsos profetas se rendem como escravos da corrupção.

Como tais adeptos compram "o direito" de viverem como querem?

Esses falsos profetas ensinam ao povo a barganhar com Deus por fazerem o povo achar que estão dando aquilo que Deus quer, ( por manter os interesses financeiros do "Pastor" ) em troca de viverem como bem entendem. E assim eles são ensinados a manter um sistema religioso movido por amor ao dinheiro e aos prazeres, em vez de à Deus. 2 Ti. 3:1-7.


Portanto à quem se refere essas declarações? A alguém que discordou de algum ensino da Palavra de Deus? A alguém que não consegue  enxergar o amor de Deus em algumas doutrinas de homens?

 Não, não é isso. Essas declarações se referem especificamente à Cristandade e suas filhas, ao Joio descrito pelo nosso Salvador, que depois de escaparem das contaminações do mundo começaram a repelir o conhecimento exato na época dos apóstolos, até que se tornaram promotores de seitas, dominadores gananciosos que sabem o que estão fazendo, e que hoje estão extorquindo à muitos. - 1 Co. 6:10.

É evidente que qualquer pessoa que apresente um perfil semelhante ao descrito aqui no capítulo 2 da segunda carta de Pedro, se enquadra nesta mensagem profética. Mesmo que não tenham tido o conhecimento exato antes, consentem no mesmo erro por repetí-lo e não examinarem qual é a vontade do Criador. - 2 Ti. 3:13.

Leia por favor todo o contexto da segunda carta de Pedro capítulo 2. Compare com toda a carta de Judas.

Portanto 2 Pedro 2:19-22 não se aplica especificamente à fornicadores, nem a alguém que se dissociou da Organização Testemunhas de Jeová ou de qualquer outra Organização, exceto se esses promoverem uma seita e por motivo de ganho desonesto começarem a explorar o rebanho de Deus que está na Terra assim como fazem os "Pastores" da Cristandade, mas mesmo assim o Corpo Governante e muitas "Testemunhas de Jeová" continuam a aplicar cruelmente o texto de  2 Pedro 2:22 por chamar os "desassociados ou dissociados" de porcos que retornaram à lama e cães que retornam ao seu próprio vômito.

E quanto ao texto na segunda carta de João, os versículos 9,10 e 11 não são claros em dizerem para nem sequer cumprimentá-los?



Sim, são, mas observe primeiro que não devemos cumprimentar àqueles que não trazem este ensino.

Quem são os que não trazem este ensino?



São àqueles que trazem outro ensino. O apóstolo João não se refere à alguém neutro. Se assim fosse, pessoas que não trouxessem o ensino do Cristo pela razão de não terem conhecimento algum estariam incluídas para não serem cumprimentadas.

Os que não trazem este ensino são àqueles que trazem um ensino contra ao que Cristo ensinou. À esses não devemos nem cumprimentar. 

Quem são esses?


 Esse é o Anticristo. Veja de quem João está falando no versículo 7.

É por isso que João diz que todo àquele que vai além dos ensinamentos do Cristo e não permanece neles não tem Deus.

O que significa ir além?



Significa ir fora do ensino, ir além do significado do ensino de amor do Cristo. Tudo que está fora desse mandamento de amor é contra Cristo. O Anticristo se posicionará de modo muito feroz contra esse amor e enganará a muitos que por sua vez tentarão nos persuadir contra Cristo.

Independentemente de uma influência mais direta do Anticristo contra nós ou por meio de seus representantes, nós não os receberemos em nossos lares e muito menos os cumprimentaremos.

Significa isso que se um dia chegar na sua porta um anticristo, você não pode se dirigir à ele com um Oi ou Bom dia? É isso o que se diz aqui? Não, não é isso. Por que não?

Nos tempos bíblicos os cumprimentos entre os Orientais não se limitavam à um simples abraço, mas consistiam em muitos abraços, reverências e até prostar-se ao solo. 
W 13  15/ 12 p. 14.

Na realidade, ainda faziam parte dos cumprimentos o beijo de acolhida, a lavagem dos pés, o óleo perfumado sobre a cabeça, uma refeição, e até mesmo hospedagem. Veja Lucas 7:44-46. Compare com Juízes 19:15-21.

Quando os Cristãos não podiam cumprimentar uns aos outros, expressavam os ternos sentimentos do seu cumprimento de outra forma, como por intermédio de cartas. Veja 1 Coríntios 16:19-24.

Vamos entender então o significado das expressões.



Primeira expressão: Nunca os recebam nos seus lares, significa não hospedá-los como se fossem bem vindos. A Segunda expressão é algo maior: Nem sequer o cumprimentem, significa não os tenham em comunhão do mesmo modo como se tem um irmão amado em Cristo, o que inclui também hospedagem.


O que concluímos então?


 Concluímos que quando a Palavra diz para não cumprimentarmos os anticristos significa para não termos associação com eles, não nos alegrarmos com eles e não os acolhermos na nossa companhia como se tivéssemos alguma comunhão em Cristo com eles.

Embora 1 João 2:18 faça referência ao Anticristo que já está chegando, e a alguns anticristos; 2 Tessalonicenses 2:3 faz referência apenas ao Anticristo, que já está a um passo de aparecer. Para maiores informações é só ler o capítulo inteiro.


Portanto, estes textos não se aplicam a alguém que se dissociou da Organização Testemunhas de Jeová e que de agora em diante jamais daremos um Oi. Também não se aplica a alguém que cometeu um pecado grave mas se arrependeu e ainda não foi "readmitido", mas se aplica especificamente aos anticristos bem como ao Anticristo.

Expressar dúvidas, não de desconfiança maldosa mas dúvidas construtivas por apenas querer saber a verdade pode ser benéfico para o desenvolvimento da fé. Eu como portador do título que recebi como sendo uma testemunha de Jeová convido meus estudantes a fazerem qualquer pergunta.

Peço à eles para que nunca se constranjam mas que perguntem mesmo. O próprio Cristo é exemplo disso. Ele nunca corria de perguntas pois são as perguntas que movem o mundo a procurar as respostas. Irmãos que expressam dúvidas naturais não devem ser taxados de "questionadores" se o objetivo dele for em prol da verdade, mesmo que essa verdade seja parcial ou totalmente contra o sistema religioso.

Há vários relatos na Bíblia de profetas que estavam "sozinhos" na sua verdade, contra todo o sistema da época. Será que "um" pode estar certo ao passo que "todos" podem estar no erro? É a resposta incrível e maravilhosa é um grande sim. Pode sim ser assim. 

Temos os exemplos dos profetas; de Eliú, de Jeremias, Elias por um bom tempo ficou só, Isaías, Jonas, Cristo e os doze apóstolos estavam certos ao passo que toda a maioria estava errada.

O que fazer quando alguém apresentar um assunto verdadeiro para nós ( um assunto para o nosso bem ) que de início não concordamos? Não vamos examiná-lo? O que diz a página 32 do livro Poderá? Se tivesse tomado a estrada errada, será que o orgulho e a obstinação lhe impediriam admitir isso? Portanto, independentemente do orgulho, a Verdade sempre será a Verdade e quem tem orgulho continuará no seu orgulho.

Então se alguém apresentar dúvidas o que faremos? Julgaremos ele como um questionador ou especulador maldoso? Em vez de julgá-lo não é mais nobre responder assim como temos feito nos nossos estudos bíblicos? Veja o que Judas 22 diz para fazer-mos.

O que tememos?



 Precisamos temer alguma coisa se estamos com a verdade, se o conhecimento que temos provém de Jeová? - 1 Jo. 4:18

Só precisaríamos ter medo caso tivéssemos algo para esconder e estivéssemos carregados de doutrinas de homens. Mesmo que tenhamos alguma doutrina de homens no nosso meio, mas formos sinceros ao ponto de ajustá-las, jamais caíremos no Julgamento. O verdadeiro cego é aquele que não quer enxergar.

Analisando toda a suposta base bíblica para a "desassociação" percebemos uma série de textos sendo usados fora do contexto. Por exemplo: 1 Coríntios 5:20 diz: Repreende perante todos os observadores aqueles que praticam pecado, a fim de que os outros tenham temor ( tenham respeito ).

Esse texto dá base para anunciar perante toda a igreja o modo hostil como a igreja deve agora passar a tratar aquele pecador? É realmente necessário envergonhar o "réu primário"  (Réu primário é o modo como algumas religiões tratam alguns membros) dessa forma? É isso o que esse texto diz?

Esse texto fala de se repreender perante todos os observadores, observadores estes que também praticam pecado. Não se refere à toda a congregação. Pense: Em que beneficiaria em sentido espiritual envergonhar pecadores que caso se arrependessem, depois se sentiriam esmagados com o peso de seus próprios pecados? Seria amoroso acrescentar ainda mais peso aos seus delitos?

Além disso, os que precisam ter respeito ou temor não são os outros irmãos ( que já se comportam com temor ), mas esses que fazem do pecado uma prática. Caso Paulo se referisse a que  toda a congregação tivesse de aprender a ter temor, em que contribuiria nesse sentido o fato de eles observarem a punição de um irmão? Seria esse o tipo de temor, o medo de ser punido que Paulo aqui se refere para que eles adquiram? Deus deseja que o sirvamos por medo, embora as vezes possamos cometer algum erro?

Não, não se tem temor de Deus por medo de sofrer consequências similares às de outros ou por medo de ser punido, não é esse o tipo de temor que Deus quer que tenhamos Dele, e nem é o tipo de temor a que aqui se refere, mas se tem tal temor por continuar na palavra de Cristo e por observar a palavra de Deus - Jo. 15:9,10. Veja também o Salmo 119: 9-11.


Portanto, Paulo não se refere a que a congregação adquira temor de serem punidos, pois ele não está se dirigindo à congregação, mas se refere aos que praticam pecado para que tenham temor salubre, aquele temor reverente de desapontar e entristecer à Cristo.

No Salmo 32:9 Deus deixa bem claro que não quer um relacionamento baseado no medo ou em proibições para que o obedeçamos, nem por meio de rédeas cheias de regras. É por isso que Ele diz: Não se façam como o cavalo. Deus deseja uma obediência de coração baseada na nossa faculdade de raciocínio.


Se esse texto de 1 Timóteo 5:20 fosse compreendido erroneamente, entraria em contradição com uma série de outros textos. Por exemplo: Cristo diz que se teu irmão cometer uma falta contra você, você deve expor a falta dele entre ti e ele só. Então é entre ti e ele só para evitar causar vergonha pública. Veja Provérbios 17:9.

Paulo deu exemplo nesse respeito quando se dirigiu a certos homens de destaque na congregação. Mas como Paulo fez isso? Em particular assim como Gálatas 2:2 nos fala.

Mas quanto a Pedro, não foi repreendido publicamente na frente de todos?


A resposta é não. Pedro foi repreendido na frente de todos os que estavam praticando o pecado assim como ele. Todos os que estavam alí se juntaram naquele fingimento, naquele favoritismo e preconceito. Visto que a atitude de Pedro e dos Judeus estava diante dos olhos de toda a congregação e o ato era feito diante dos olhos de todos, não tinha porque Paulo se preocupar em envergonhá-los. - Gál. 2:11-13.

Eram eles que estavam envergonhando os das nações, e sentiam orgulho disso. Neste respeito cumpre-se as palavras de 1 Timóteo 5:20 a fim de se repreender na frente de todos os que praticavam o erro. Paulo não chamou apenas a atenção de Pedro, mas de todos, e se dirigiu a Pedro somente porque Pedro deveria ser coluna de exemplo contra esse pecado em vez de apoiá-lo. - Gál. 2:9,14.

O que essas coisas nos ensinam? É claro que todos devemos orientar e ser orientados se acharmos que alguém pode ser noçivo, mas essas coisas nos ensinam que cada Cristão deve pesar na balança se de alguma forma, suas atitudes o constituem como juíz. Também que a liberdade Cristã não demanda que um irmão seja punido só porque ele decidiu falar com qualquer outro ser humano, também nos ensina que assim como Pedro qualquer ser humano escolhido ou não, ungido ou não, pode cometer erros passivos de repreensão.

De onde veio essa prática de expulsar da congregação?



Por favor abra a Bíblia em João 9:22,23 e veja a resposta. Qualquer pessoa que ler todo o capítulo 9 de João poderá perceber o modo como O Cristo acolheu aquele homem que havia sido desassociado e expulso pelos líderes religiosos. Veja o versículo 34 desse mesmo capítulo 9.

Um ponto muito interessante ainda é que os verdadeiro cego não era o cego de nascença, mas aqueles que o expulsaram. Veja isso por favor no versículo 39 desse mesmo capítulo 9.

Portanto, isso era uma prática dos líderes religiosos, não dos Cristãos. - João 4:9. Inclusive muitos de nós seremos identificados pelo fato de sermos expulsos da congregação. Veja isso em João 16:2.

As pessoas tinham tanto medo de serem expulsas da congregação que não confessavam que criam em Cristo.

Será que hoje pode acontecer o mesmo? Será que hoje também as pessoas se esquivariam de confessar sua fé com medo de serem expulsas?

Os que têm medo a tal ponto preferem mais a glória dos homens do que até mesmo a glória de Deus. Onde está escrito isso? Leia por favor João 12:42,43. Compare com João 7:13.

Jeová sempre toma a iniciativa para restaurar o pecador. É isso o que Ele demonstra em Isaías 1:18. Ele espera pacientemente colher frutos bons das pessoas. - Gál. 5:22. No entanto, todo o ramo que não dá fruto ele arranca. - Jo. 15:6. Quando ele arranca? Agora? Nós vimos na ilustração do Joio que isso acontece na Grande Tribulação.

O dia de ajuste de contas é realmente no final. É alí onde ocorre a desassociação da vida. - Mt. 25:30. Mas até que isso aconteça Jeová tem nos ensinado a perdoar a fim de que sejamos perdoados, e isso também inclui "os Pastores". - Mt. 18:23-35.

Como cuidar das ovelhinhas de Cristo e de Jeová.


Eu gostaria de mostrar um texto bíblico a todos vocês anciãos quer sejam do corpo governante quer não. Acompanhe comigo por favor. Abram a Bíblia na carta de Tiago 5:14,15. O que diz alí para os anciãos?

Diz o seguinte: Há alguém doente entre vós? Chame a sí os anciãos da congregação, e orem sobre ele, untando-o com óleo EM NOME DE JEOVÁ. E a oração de fé fará que o indisposto fique bom, e Jeová o levantará. Também se ele tiver cometido pecados, ser-lhe-á isso perdoado.

O que significa untar com óleo? Como os anciãos podem untar com óleo?


Untar com óleo significa tomar a iniciativa em cuidar das feridas das ovelhas com óleo que realmente cura, sem nunca desistir, até que elas sarem.

Como se faz isso?

Por dar repetidas vezes atenção ao doente. Por dar assistência. Untar com óleo é um processo de recuperação para a ovelhinha desanimada. Essa unção dada repetidas vezes pode restaurar aquela faísca de espírito santo e ajudá-la a retomar suas atividades espirituais.

Isto é feito por se prestar assistência muitas vezes se necessário, principalmente por compreender a ovelha e ouví-la em vez de julgá-la, também por dar conselhos e orientações amorosos baseados na Palavra de Deus, e por se dispor a lutar com ela até o fim deste sistema e da maldade.


Já pararam para meditar nesta frase: EM NOME de Jeová? Vocês sabem o que isso significa? Repararam que não diz "em nome de Cristo?"

O que significa "Em nome de Jeová?"


Essa expressão é similar a "Por Jeová que vive". Ela dá a ideia de que não importa o que aconteça, o propósito esperado em relação ao que te motivou proferir essa expressão, se cumprirá sem falta. Essa expressão transmite a ideia de não desistência, de confiança, coragem, de determinação, de fé. Essa expressão coloca "sob juramento" àquele que a profere, e os que cumprem fielmente com seu dom de "pastor" são batizados nela.

Quem usou essa expressão? 

O Rei Davi a usou no confronto com Golias. - 1 Sa. 17:45. O próprio Rei Saul a usou. - 1 Sa. 28:10. Compare com 2 Samuel 14:11 e Jeremias 12:16. Outros também a usaram. Era costume dos que não desistiam usá-la.

Como essa expressão se aplica aos anciãos?

Enquanto o doente estiver lutando, enquanto se vê sinceridade na ovelha que está doente, os que se encontram na função de escravo do pastoreio da congregação devem cuidar das ovelhas de Jeová como se fossem seus próprios filhos. Será que geralmente os pais desistem de seus filhos ou os ajudam com todas a suas forças e todos os seus recursos?

A maioria dos pais não medem esforços para cuidar de seus filhos. Por que deveria ser diferente na congregação? Assim, Tiago é bem específico ao dizer que os anciãos untarão a ovelhinha com óleo "em nome de Jeová" que quer dizer: até que a ovelhinha fique completamente boa.

Talvez vocês nunca tivessem pensado no que realmente Tiago queria ensinar a respeito do cuidado amoroso de Jeová por suas ovelhas, se dispondo até mesmo em nunca desistir delas, é por essa razão que Jeová é o nosso Supremo Pastor. Que os anciãos possam imitar esse exemplo!

Cristo disse em Mateus 25:41-46 que dentre alguns, os seus irmãos seriam tratados com muito desprezo, lhes negariam comida, bebida, hospitalidade, vestimenta e visita. As necessidades de seus irmãos não seriam cuidadas. Será que essas coisas são apenas necessidades físicas? Não são também espirituais e emocionais?

Eu atesto: E como são espirituais! E como são emocionais!

 Em vez de condenarmos é muito mais fácil chorar com os que choram e se alegrar com os que se alegram e ajudar os que querem ajuda. - Ro. 12:15; Gál. 6:2. Alegramos à Jeová por tomarmos a firme convicção de nunca nos dirigirmos ao nosso irmão com uma palavra de desprezo, e jamais dizermos à ele que ele é um tolo desprezível conforme mostra Mateus 5:22.

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